Um homem que mandou matar a cachorra com pauladas foi condenado a cinco anos de prisão em Joinville. Segundo o Ministério Público, o réu tinha três cães que eram tratados com “extrema crueldade e negligência”. O crime contra um dos animais, que foi atacado com um pedaço de madeira, foi flagrado por policiais militares.
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Um dos crimes ocorreu em outubro de 2023, na casa do acusado, no bairro Profipo. Vizinhos denunciaram que o autor e um comparsa estavam tentando matar uma cachorra a pauladas. A Polícia Militar foi acionada. No local, os policiais flagraram o animal sendo golpeado na cabeça com um pedaço de madeira, sob ordens do réu. A cadela, sem raça definida e de pelagem caramelo, sobreviveu graças à intervenção da guarnição, que a resgatou e acionou o Centro de Bem-Estar Animal.
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A denúncia relata, ainda, que, diante da gravidade dos fatos e da suspeita de que outros animais estivessem em risco, o MPSC solicitou e obteve um mandado de busca e apreensão. Em 10 de novembro do mesmo ano, a Polícia Civil encontrou mais dois cães na residência do homem, ambos em condições precárias. Os animais, posteriormente nomeados Julieta e Romeu, estavam em um ambiente insalubre, cercados por fezes e restos de comida. Ambos foram submetidos a tratamento veterinário e iniciaram protocolos de vacinação e castração e foram encaminhados à adoção responsável.
A partir disso, o homem acabou sendo condenado a cinco anos e quatro meses de prisão em regime semiaberto pelo crime de maus-tratos. Ele também foi condenado ao pagamento de 27 dias-multa, no valor de R$ 1.188, e à proibição de manter a guarda de animais domésticos durante o cumprimento da pena. Ele ainda deverá pagar R$ 3 mil pelos danos causados. Ele pode recorrer da decisão.
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Para a Promotora de Justiça Simone Cristina Schultz, responsável pela ação, a crueldade dos atos e o sofrimento experimentado pelos cães, seres sencientes, exigem uma resposta penal firme.
— A condenação representa uma firme resposta do Judiciário à prática de atos cruéis contra os animais e, inclusive, contra todos os grupos de vulneráveis, cujas agressões e violência devem ser repudiados e punidos com veemência — afirmou.
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