
Carteirinha falsa
Estrangeira apresentou documento falso ao começar emprego em Pouso Redondo, no Alto Vale
Pontos cirúrgicos malfeitos fizeram um hospital de Pouso Redondo, no Alto Vale, desmascarar uma falsa médica. O documento apresentado por ela era forjado e, por ser estrangeira, a Polícia Civil chegou a precisar do apoio da Interpol para entender o caso. A mulher foi presa em flagrante, mas liberada após pagamento de fiança.
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Paraguaia, a suposta médica de 34 anos chegou ao Hospital Comunitário Annegret Neitzke na última sexta-feira (6) como profissional itinerante. O gerente da unidade, Wilton Pinto, conta que ela disse à administração ter esquecido no Paraguai o diploma, mas apresentou a carteirinha do Conselho Federal de Medicina. Enquanto Wilton analisava os documentos, a recém-chegada foi conhecer o sistema e outros detalhes da rotina com um médico do local.
Ele pediu que ela fizesse o atendimento a um paciente com corte na mão, mas a mulher sequer soube fazer os pontos. Ao perceber o desconhecimento, o profissional fez algumas perguntas básicas de medicina à colega, que não soube responder. Ao mesmo tempo, lembra Wilton, o gerente identificou que a carteirinha era falsa. Os dados foram editados sobre uma imagem da internet. A Polícia Militar foi acionada e a levou à delegacia.
Ao delegado Diones de Freitas, a suposta médica sustentou a história de que houve algum erro no documento, que teria tirado em 2019, e que é formada na Espanha, já que possui dupla nacionalidade. Disse que estava no litoral catarinense e fez amizade com uma moradora de Pouso Redondo, que foi quem a recebeu na última semana. Chegando ao município, decidiu procurar emprego no hospital.
— Ela provavelmente achou que analisaríamos apenas a carteirinha e não apresentou os outros documentos necessários. Não deixei ela ir embora porque poderia ir para uma cidade menor e fazer a mesma coisa — diz Wilton.
Freitas pediu apoio à Interpol, que checou a data de vinda dela ao Brasil, em abril deste ano. Agora, o delegado deve fazer um pedido formal à polícia criminal internacional para descobrir se ela realmente é formada em Medicina e a situação imigratória. A mulher contou ter trabalhado em Foz do Iguaçu em 2019, mas nenhuma unidade de saúde de lá confirmou isso.
Com o episódio no hospital, a mulher foi indiciada por estelionato, por ter induzido o hospital a acreditar no falso documento para conseguir obter vantagem — um emprego remunerado. A amiga pagou a fiança de R$ 1.000, a suspeita foi liberada e pegou o primeiro ônibus para deixar Pouso Redondo.
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