O carnaval nas ruas estreitas de Sambaqui, em Florianópolis, virou uma tradição passada de pai para filhas. Do segundo andar da casa da família, Sandra e Rose Machado acompanham a folia que iniciou há cerca de 35 anos pelo pai, Osmar Machado.

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De uma reunião entre amigos no pequeno restaurante, construído no térreo da casa da família, surgiu o que, hoje, é um dos carnavais de rua mais agitados da Capital.

— Moramos nessa casa desde que nascemos. É muito prazeroso poder acompanhar essa festa que era a favorita do meu pai. Como tudo começou através dele, até nos emocionamos só de lembrar — conta a professora aposentada Rose Machado.

Mesmo após a morte do patriarca, há 22 anos, as filhas seguem se reunindo na sacada da casa com a mãe, Norma Machado, 85 anos, para assistir à festa com visão privilegiada, longe da multidão, mas com a mesma alegria de quem está “na pipoca”.

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— Um amigo do meu pai vinha sempre para cá com um violão, formavam uma roda de amigos no carnaval e a coisa foi tomando jeito. Nasceram os desfiles infantil, gay e da rainha da comunidade. Tudo cresceu e hoje se tornou essa comemoração grande e linda. Era a festa que ele mais amava porque abraça todo mundo — relembra Sandra Machado.

Com espaço de sobra para os amigos e vizinhos do bairro, a família continua abrindo as portas para quem deseja curtir os festejos com mais tranquilidade.

— Sempre incentivamos a continuação dessa festa, é uma tradição linda. Nosso pai com certeza estaria orgulhoso de tudo isso — completa Sandra.

Veja fotos da família que fundou o carnaval de Sambaqui

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