Após a retirada da tarifa adicional de 40% aplicada a alguns produtos brasileiros pelos Estados Unidos, o governo do presidente Lula (PT) vai trabalhar para revogar sanções impostas a autoridades do país. Entre elas, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sancionado pela Lei Magnitsky.

Continua depois da publicidade

Em vigor desde agosto deste ano, as tarifas de 40% sobre alguns produtos brasileiros foram retiradas, após o anúncio dos EUA nessa quinta-feira (20). A lista de produtos excluídos do tarifaço inclui carnes, café, açaí e outros produtos de origem agrícola.

Agora, em busca de revogar as sanções contra autoridades, o governo Lula deve ampliar as negociações com o governo de Donald Trump. Para o Itamaraty, a revogação dessas punições sempre fez parte das discussões entre Brasil e Estados Unidos nas negociações bilaterais.

“Disposição para continuar o diálogo como meio de solucionar questões entre os dois países, em linha com a tradição de 201 anos de excelentes relações diplomáticas”, afirmou o governo brasileiro, em nota divulgada nessa quinta.

Além disso, é objetivo do governo Lula retirar as tarifas adicionais que seguem vigentes sobre parte da pauta comercial bilateral. Na semana passada, o governo Trump já havia reduzido as tarifas de importação de cerca de 200 produtos alimentícios — no Brasil, as taxas haviam caído de 50% para 40%.

Continua depois da publicidade

Quais autoridades foram sancionadas pelos EUA?

Em julho deste ano, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou a revogação dos vistos de ministros do STF. A decisão ocorreu no mesmo dia em que Moraes determinou o uso de tornozeleira eletrônica pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em seguida, Moraes foi alvo da Lei Magnitsky, que pune estrangeiros por corrupção ou violação de direitos humanos. Um mês depois, em setembro, a esposa do ministro também foi incluída na lista de penalidades.

*Sob supervisão de Luana Amorim
**Com informações do g1