O presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, de Israel, têm uma reunião nesta segunda-feira (29). Os dois líderes vão discutir uma resolução para o conflito na Faixa de Gaza, iniciado em 2023. As informações são do g1.
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Segundo a porta-voz do governo dos EUA, Karoline Leavitt, os dois vão discutir um plano de paz entre Israel e o grupo terrorista Hamas. A proposta teria 21 pontos que deixariam ambos os lados “um pouco insatisfeitos”, segundo ela. Apesar disso, os países estariam “muito perto de um acordo”.
As nações estariam trabalhando no acordo de paz desde domingo (28), segundo Trump. O presidente dos EUA afirmou à mídia norte-americana que “todos querem um acordo” entre Israel e Hamas. Ele explicou que pretende fechar a proposta ainda nesta segunda-feira.
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— Temos uma chance real de Grandeza no Oriente Médio. Todos estão a bordo para algo especial, pela primeira vez. Nós vamos conseguir — disse Trump, no domingo.
— Estamos trabalhando nisso. Ainda não foi finalizado, mas estamos trabalhando com a equipe do presidente Trump, neste exato momento, e espero que possamos… possamos fazer acontecer — disse o primeiro-ministro de Israel, nesta segunda-feira.
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Acordo de Trump tem 21 pontos
O plano de cessar-fogo prevê a libertação de todos os reféns em até 48 horas. Além disso, pede pela retirada gradual das forças israelenses da Faixa de Gaza. Por outro lado, autoridades árabes afirmaram às agências norte-americanas que a proposta ainda não é definitiva e pode sofrer alterações significativas.
Caso enviado, o acordo seria analisado “de forma positiva e responsável”, segundo o Hamas. O grupo afirmou que já havia sinalizado a intenção de liberar os reféns em troca do fim do conflito. Trump teria discutido a proposta com lideranças árabes em Nova York, dias antes da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Gaza seria governada por europeu, ex-primeiro-ministro
Segundo o blog da Sandra Cohen, o nome do ex-primeiro-ministro Tony Blair, do Reino Unido, vem sendo cotado como governador temporário de Gaza. Blair liderou a nação europeia entre 1997 e 2007 e foi um dos maiores aliados de George W. Bush, ex-presidente dos EUA.
O europeu ficaria no cargo por até cinco anos, liderando a Autoridade Internacional de Transição de Gaza. O plano pré-estabelecido deixa claro que não haveria deslocamento de palestinos, com novas decisões sendo tomadas por um conselho de sete integrantes e um secretariado de até 25 pessoas.
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Israel boicotado durante Assembleia Geral da ONU
Netanyahu afirmou durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU que Israel seguirá atacando a Faixa de Gaza até que “termine o trabalho”. O primeiro-ministro criticou o reconhecimento do Estado Palestino e negou que esteja matando civis ou causando fome na região.
As falas foram recebidas por vaias no plenário. Antes mesmo do discurso, comitivas internacionais abandonaram o local como gesto de repúdio. Representantes do Brasil também deixaram o local, em ato semelhante ao ocorrido ano passado.
— Dar um Estado à Palestina ao lado de Israel é como dar um Estado à Al-Qaeda ao lado de Nova York depois do 11 de setembro (de 2001, quando o grupo terrorista Al-Qaeda fez um atentado na cidade norte-americana, derrubando as Torres Gêmeas com aviões). É pura insanidade, e não vamos fazer isso — disse o primeiro-ministro de Israel.
*Sob supervisão de Jean Laurindo
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