A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que irá cumprir o pedido de uma nova autópsia no corpo da brasileira Juliana Marins, que morreu em uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia. A decisão foi comunicada nesta segunda-feira (30) à 7ª Vara Federal de Niterói, após ser solicitada pela Defensoria Pública da União (DPU). As informações são do g1.

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A previsão é que o corpo de Juliana chegue no Brasil na quarta-feira (2). De acordo com a DPU, o exame necroscópico deve ser realizado em até seis horas após o desembarque, para preservar eventuais evidências sobre as circunstâncias da morte.

Primeira autópsia foi feita na Indonésia

Uma autópsia já foi realizada um hospital na ilha de Bali, no dia 26. A conclusão foi de que a morte teria ocorrido logo após uma queda, por conta de traumatismo grave. Imagens gravadas por drones de turistas, em que Juliana aparece viva no penhasco, levantam dúvidas sobre essa versão.

Na certidão de óbito emitida pela Embaixada do Brasil em Jacarta, não ficou claro o momento exato da morte. Por esse motivo, a DPU solicitou a realização de um novo exame pericial no país.

O procurador-regional da União da 2ª Região, Glaucio de Lima e Castro, disse que o governo federal acompanha o caso desde o início, com “atenção e solidariedade”. Ainda, afirmou que a escolha por antecipar o cumprimento do pedido da Defensoria tem caráter humanitário.

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— Devido à natureza da demanda, compreendeu-se que a postura mais adequada seria a de colaborar para que as providências solicitadas pudessem ser operacionalizadas com celeridade e efetividade — disse.

A AGU ainda solicitou uma audiência de urgência com a DPU e o governo do Rio de Janeiro para definir as responsabilidades de cada ente federativo. A Polícia Federal também informou que pode colaborar com o traslado do corpo até o Instituto Médico Legal (IML) que for designado.

Caso deixa dúvidas

O andamento do caso ainda deixa dúvidas se houve omissão de socorro por parte das autoridades indonésias, o que poderia levar à responsabilização civil e criminal.

Juliana sofreu a queda em um penhasco no vulcão no dia 21 de junho, e o corpo dela somente foi retirado do local no dia 24, três dias depois. A nova autópsia, feita no Brasil, deve esclarecer se a jovem morreu logo após a queda ou se resistiu por algum tempo sem atendimento.

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