O grupo acusado de assassinar o advogado gaúcho Carlos Eduardo Martins durante o carnaval em Florianópolis irá a júri popular. A decisão é da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). Entre os réus está a esposa da vítima, apontada como a mandante do crime que ocorreu em março de 2022. O motivo da morte foi vingança, conforme a denúncia.

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Além da mulher, que ofereceu um pagamento de R$ 50 mil para cada envolvido na morte do companheiro, quatro homens são acusados de agredir e matar Carlos com golpes de faca, garfo e um moedor de carne. Uma sexta pessoa também teve participação no planejamento do crime.

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De acordo com a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), Carlos e a esposa passavam o carnaval na capital catarinense na época do crime. Parte dos acusados eram conhecidos do advogado de outras datas festivas que passaram juntos. O defensor, inclusive, já havia representado dois dos envolvidos em acusações de tráfico de drogas, além de ser comprador e usuário dos entorpecentes comercializados.

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Relembre o caso

No dia do crime, conforme o MP, a vítima e três dos acusados foram até uma casa com a intenção de buscar cocaína. Ao chegar no local, um dos homens passou a agredir o advogado com socos e objetos cortantes. Depois, Carlos foi colocado no porta-malas do próprio carro, mas, como se debatia muito, foi transportado para o banco de trás.

O veículo foi encontrado no dia seguinte, abandonado, e com o homem sem vida. Ainda de acordo com a denúncia, a mulher da vítima, a empregada doméstica e o sexto acusado permaneceram em outro local até que o grupo voltasse após o crime. Lá, a esposa de Carlos deu suporte aos executores, ao fornecer roupas limpas e produtos de limpeza para remover o sangue do carro.

A promotoria salienta, ainda, que o crime foi planejado com o pretexto de vingança devido à violência doméstica que a mulher sofria.

Os quatro homens que participaram das agressões foram acusados de homicídio e roubo, já que aproveitaram a vulnerabilidade da vítima para pegar o tênis que ela usava no momento do crime, um celular, além de uma corrente e uma pulseira de ouro. As joias foram avaliadas em mais de R$ 19 mil e vendidas no centro da Capital. O grupo também usou o cartão da vítima para abastecer e fazer compras.

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A mulher e três dos acusados chegaram a recorrer pela exclusão das qualificadoras de dificultar a defesa da vítima, utilização de meio cruel e por motivação torpe, mas o pedido foi negado. Todos os acusados vão a júri popular em data que ainda será definida.

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