O câncer, uma das principais causas de morte no mundo, pode estar ligado a um mecanismo celular específico que falha ao eliminar resíduos genéticos defeituosos. A descoberta foi feita por uma equipe da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, durante um experimento com peixes-zebra.
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A pesquisa revelou que o gene CDK13 atua como um “sistema de limpeza” das células, eliminando RNA defeituoso. Quando esse processo é comprometido, sobram resíduos genéticos que favorecem o desenvolvimento de tumores — especialmente do melanoma, um tipo agressivo de câncer de pele.
Mutação no CDK13 favorece surgimento de tumores
Liderado pela cientista Megan Insco, o estudo identificou que alterações no CDK13 podem permitir que células defeituosas sobrevivam e se proliferem. O experimento com os peixes-zebra mostrou que, ao eliminar esse gene, os tumores cresceram com mais facilidade.
Ao comparar os dados com amostras humanas, os pesquisadores notaram mutações no CDK13 ou em proteínas ligadas a ele em 21% dos casos de melanoma analisados. A conclusão é que o gene atua como uma espécie de protetor natural contra o câncer.
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Além disso, o estudo reforça a importância de entender os primeiros passos do câncer no organismo, algo fundamental para desenvolver terapias mais eficazes.
A próxima etapa é investigar como evitar ou corrigir essas mutações, o que pode abrir caminho para novos tratamentos no futuro.
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