O governo de Santa Catarina emitiu uma nota aos municípios que alerta sobre casos de hepatite aguda grave, de causa desconhecida, que têm sido registrados em crianças de vários países. No Brasil, o Ministério da Saúde monitora sete casos suspeitos da doença, sendo três no Paraná e quatro no Rio de Janeiro. 

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O documento divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) orienta que os serviços de saúde de Santa Catarina fiquem em alerta para pacientes menores de 16 anos com hepatite aguda, em que o diagnóstico não seja das hepatites A, B, C, D ou E, e com início dos sintomas desde 1º de outubro de 2021. 

Esses pacientes são considerados como caso suspeito para a doença. 

Segundo a SES, para casos em que a pessoa de qualquer idade com hepatite aguda for um contato próximo a algum caso provável, com início dos sintomas desde 1º de outubro de 2021, o monitoramento também deve ser feito. 

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Nas duas situações, os casos devem ser comunicados imediatamente para o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) e amostras devem ser coletadas no início dos primeiros sintomas para serem encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen-SC). 

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A hepatite misteriosa em crianças tem despertado a atenção de autoridades de Saúde por todo o mundo e ao menos 169 casos foram relatados em 11 países até o dia 21 de abril. 

Os pacientes que estão no Reino Unido, Espanha, Israel, Estados Unidos, Dinamarca, Irlanda, Holanda, Itália, Noruega, França, Romênia e Bélgica têm entre 1 mês e 16 anos de idade. 

Na última quarta-feira (4), o primeiro caso da doença na América Latina foi confirmado em uma criança de 8 anos, na Argentina. Segundo o Ministério da Saúde do país, o paciente está sendo tratado na cidade de Rosário.  

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No dia 5 de abril, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi notificada sobre 10 casos de hepatite aguda grave com origem desconhecida, após crianças de 11 meses a 5 anos terem tido a doença na Escócia. Entre esses casos, nove pacientes começaram a ter os sintomas em março e um deles, em janeiro de 2022. 

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O que se sabe sobre a doença  

De acordo com a Secretaria de Saúde de Santa Catarina, entre os casos identificados, a síndrome clínica trata-se de hepatite aguda, ou seja, inflamação no fígado.

Muitos pacientes relataram sintomas como dor abdominal, diarreia e vômitos antes do diagnóstico de hepatite aguda grave e aumento dos níveis de enzimas hepáticas e icterícia (coloração amarelada na pele, olhos e/ou mucosa). 

Segundo a SES, a maioria dos pacientes não teve febre e os vírus comuns que causam hepatite viral aguda (vírus da hepatite A, B, C, D e E) não foram detectados em nenhum desses casos. 

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