A vitória acachapante de Mário Hildebrandt (Podemos) no segundo turno das eleições em Blumenau ocorreu em todos os bairros da cidade. Não houve nenhum em que João Paulo Kleinübing (DEM) tenha feito mais votos que o adversário, conforme dados divulgados pelo Tribunal Regional Eleitoral. A Vila Itoupava foi a região em que a diferença foi maior: o prefeito reeleito recebeu 85,3% dos votos válidos, contra 14,7% do ex-chefe do Executivo blumenauense.

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Hildebrandt fez 72,1% (108.591), enquanto Kleinübing teve 27,9% (42.026). O resultado foi o maior do segundo turno em todo o país e o primeiro entre as cidades do interior. O atual prefeito conquistou mais votos que Napoleão Bernardes (então PSDB) em 2016, quando era vice dele na chapa. À época, Napoleão conseguiu 104.535 contra os 77.073 de Jean Kuhlmann (PSD). Porém, abstenção ficou em 11,61%, bem mais baixa que a de 2020, que atingiu 31,04%.

Naquele ano, Napoleão levou a melhor em 23 dos 29 bairros com locais de votação em Blumenau (veja abaixo). Atualmente são 26 bairros com pontos de votação. Em todos Hildebrandt venceu com folga. Na Vila Itoupava, onde a diferença foi mais expressiva, foram 2.779 votos contra 479. Na populosa Itoupava Central foram 12 mil contra 4 mil.

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A menor diferença ocorreu na Ponta Aguda. Mesmo assim, Hildebrandt teve quase o dobro de intenções: 2.792 contra 1.531. Kleinübing, por sua vez, conseguiu aumentar o número de votos em todos os bairros em relação ao primeiro turno, mesmo naqueles dez em que ficou atrás dos candidatos Odair Tramontin (Novo), Ricardo Alba (PSL) e Ana Paula Lima (PT)

Maiores votações por bairros

Vila Itoupava – 2.779 (Hildebrandt) x 479 (Kleinübing)
Testo Salto – 2.470 x 661
Velha Grande – 1.286 x 372

Vitória esperada

Para o professor e analista político Clóvis Reis, a vitória de Hildebrandt não foi uma surpresa, já que o blumenauense deu sinais de que manteria o mesmo chefe no poder. As pesquisas também indicaram que esse seria o caminho. 

Os motivos são inúmeros, mas o analista cita o desinteresse da população pelas eleições em um ano tão difícil, as dificuldades das campanhas com as restrições da pandemia e, claro, os acertos do prefeito, tanto como gestor, quanto como candidato.

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— Tudo deu mais ou menos errado para os adversários. Mário foi pragmático, teve uma gestão bem avaliada e o blumenauense depositou confiança nele. A oposição se preparou para um jogo que não teve, acreditou que não seria tão difícil [enfrentar o reeleito] e perdeu contato com a base — avalia Reis. 

Relembre a votação por bairros em 2016

Obs.: os bairros em cinza não têm locais de votação na divisão do TRE.

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