Esta não é a primeira vez que Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, é inundada pelas chuvas. No ano de 1941, uma enchente histórica foi registrada, com o nível do Guaíba chegando a 4,76 metros.
Continua depois da publicidade
Entre na comunidade exclusiva de colunistas do NSC Total
Foram 24 dias seguidos de chuva que provocaram alagamentos e inundações na bacia hidrográfica do Guaíba, atingindo 15 mil pessoas e deixando 70 mil desabrigadas em uma época em que a capital tinha 272 mil habitantes.
Na última semana, 83 anos depois, a cidade enfrenta novamente uma enchente histórica. Na segunda-feira (6), o nível do rio Guaíba estava em 5,26 metros, sendo que o limite para inundação é de três metros. No sábado (4), foi registrado a máxima histórica de 5,33 metros.
Na enchente de 1941, um terço das indústrias e do comércio ficaram inundados, e um vento sudoeste teria sido um dos fatores que influenciou no alagamento, represando as águas da Lagoa dos Patos. Depois da inundação, foi construído o Muro da Mauá, nos anos 1970, que liga o Guaíba ao Centro Histórico e faz parte de um sistema anti-cheias com diques e comportas.
Continua depois da publicidade
Cheias deixam mortos e desaparecidos
A região da Grande Porto Alegre contabiliza estragos, com várias partes inundadas, bairros que foram evacuados e serviços que estão com o funcionamento comprometido, como água e energia. O aeroporto Salgado Filho está fechado por tempo indeterminado, assim como a Rodoviária de Porto Alegre, devido às inundações.
De acordo com a Defesa Civil, 90 pessoas morreram e há ainda 132 desaparecidas e 361 feridos. Além disso, 155.741 pessoas estão desalojadas e 48.147 foram levadas a abrigos. Dos 497 municípios gaúchos, 388 relataram ocorrências.
Imagens históricas mostram enchente em Porto Alegre
Leia também
Nível dos rios no Rio Grande do Sul só deve normalizar no final de maio, dizem especialistas
Continua depois da publicidade
Sobe para 90 o número de mortos por enchente no Rio Grande do Sul