Quilombolas e indígenas estão também entre os grupos prioritários para receberem a vacina contra o coronavírus em Joinville. Ainda que eles não sejam citados no Plano de Imunização Municipal e que não tenham sido encaminhadas doses específicas para este grupo — no caso dos quilombolas, também não são citados no Plano Estadual de Imunização — eles estão no grupo 1 da vacinação.
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— Os quilombolas vão se enquadrar no grupo prioritário. Vamos nos deslocar até eles — afirmou o secretário de saúde de Joinville Jean Rodrigues da Silva.
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Em Joinville, a Comunidade Beco do Caminho Curto recebeu certificação federal em 2019 comprovando que os moradores são descendentes de pessoas escravizadas que trabalhavam em engenhos de açúcar na região de Pirabeiraba, quando aquelas terras ainda pertenciam à São Francisco do Sul. A comunidade quilombola foi construída de frente para as terras onde os trabalhadores escravizados foram morar após a lei que proibiu a escravidão no Brasil, em 1.888, na atual Estrada Fazenda. Cerca de 25 famílias vivem no local.
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Já para a população indígena, a imunização será por livre demanda, da mesma forma que ocorrerá com os idosos com mais de 75 anos, nas salas de vacinação. Isso porque Joinville não tem comunidades indígenas registradas, como há em cidades como Araquari e Balneário Barra do Sul.
A vacinação de indígenas e quilombolas só irá começar quando mais doses chegarem em Joinville e, segundo a Prefeitura de Joinville, ainda não há data para a vacinação começar nas unidades de saúde. Por enquanto, apenas os profissionais de saúde, idosos em instituições e funcionários que trabalham em instituições de idosos estão recebendo a primeira dose da vacina.
No início desta semana, a vereadora Ana Lúcia Martins (PT) enviou um ofício ao secretário de saúde Jean Rodrigues da Silva solicitando a inclusão das comunidades quilombolas no Grupo I do Plano de Imunização Municipal. No mesmo ofício, pedia também a inclusão da população em situação de rua de Joinville no grupo prioritário. Neste segundo caso, a Secretaria de Saúde informou que não é possível incluir as pessoas em situação de rua porque a definição é pelo Plano de Imunização Nacional, que não prevê este grupo como prioritário.
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