O joinvilense João Pedro Ewert, de 28 anos, é pai do menino Miguel dos Santos Rodrigues, de 7 anos, que foi medicado e morto pela mãe em Imbé, no litoral do Rio Grande do Sul. Em entrevista ao portal G1, o morador de Joinville afirmou que não sabia dos maus-tratos sofridos pela criança.
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Segundo o G1, João Pedro não mantinha contato com a criança, mas disse que teve um sentimento de impotência ao descobrir o que havia acontecido com o filho.
– Sentimento de tristeza, de não entender o porque de tamanha crueldade. E também sentimento de impotência quanto ao assunto – afirmou.
João Pedro contou que conheceu a mãe do menino, Yasmin, quando se mudou para o Rio Grande do Sul com a mãe por um período após a morte do pai. Ele morou por um tempo com a ex-namorada quando a mãe voltou para Joinville, mas a relação não teria dado certo e ele também retornou para Santa Catarina.
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– Quando eu saí de lá eu não sabia que ela estava grávida, então quando eu já estava pra cá, em torno de uns dois meses, ela descobriu a gravidez. No primeiro instante eu ia assumir, sem problema nenhum, convidei ela pra ir morar pra cá, mas como ela era muito jovem não queria ficar longe dos pais – disse ao G1.
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João Pedro ainda contou que pediu um exame de DNA, mas a mãe de Miguel teria recusado. Isso fez com que os dois se afastassem até que o joinvilense fizesse uma segunda tentativa de contato para reforçar o pedido do exame.
– Ela disse que não. Então, que quando o menino crescesse, ele viesse me procurar, caso ele tivesse interesse de saber quem é o pai ou fazer o teste – afirmou João Pedro.
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Joinvilense não tinha convívio com o filho
Com o afastamento, ele não teve nenhum convívio ou contato com Miguel, e também não registrou a criança. Segundo o joinvilense, apenas sua mãe teve um pouco de contato com o neto.
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– A última vez que ela falou com o Miguel acho que foi ano passado. O único contato que ela teve (em 2021) foi com a Yasmin, que entrou em contato pedindo dinheiro pra comprar material escolar e que estava se mudando e precisava de dinheiro. Minha mãe enviou ajuda mas não chegou a falar com o Miguel.
Mesmo com a distância e falta de convívio, João Pedro disse ao G1 que, até onde tinha conhecimento, a mãe do menino o tratava bem.
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Investigações apontam para “intensa tortura física e psicológica”
A Polícia Civil investiga a morte de Miguel, que foi medicado e teve o corpo jogado no Rio Tramandaí, em 29 de julho. Segundo a polícia, a mãe, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, confessou o crime. Ela e a companheira, Bruna Nathieli Porto da Rosa, estão presas.
As investigações apontam que o menino sofria intensa tortura física e psicológica. Ele era amarrado dentro de um guarda-roupa. A polícia teve acesso a vídeos e prints de conversas em que a companheira conversa com a mãe da criança e com a própria irmã sobre a compra de uma corrente que seria para amarrar o menino.
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