O secretário da saúde, Jean Rodrigues da Silva, afirmou que Joinville está passando pelo momento de pico da pandemia do coronavírus. Em entrevista à Rádio Globo Joinville, ele explicou que as evidências podem ser vistas no inquérito epidemiológico realizado pelo município, além dos dados referentes aos casos confirmados, mortes e ocupação de leitos.

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– O que nos traz alguma certeza agora é justamente o inquérito epidemiológico, que tem mostrado uma evolução da prevalência do número de casos em Joinville, crescendo semana a semana.

Segundo ele, o último relatório do inquérito apontou 14% de prevalência do coronavírus. Isso significa que aproximadamente 84 mil joinvilenses já teriam sido contaminados pelo vírus na cidade. O número é quase dez vezes maior do que os dados de casos confirmados em Joinville, divulgados pelo Estado – e 7,5 vezes superior aos números divulgados pela prefeitura.

No mês passado, o secretário havia informado a primeira parcial de prevalência do inquérito durante entrevista ao Bom Dia Santa Catarina. Em 8 de julho, o índice era de 3%, o que indicava 18 mil joinvilenses contaminados.

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O inquérito epidemiológico começou a ser realizado em 15 de junho. São aplicados testes rápidos em uma população escolhida de forma aleatória para pesquisar o percentual de contaminação pelo coronavírus em Joinville.

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Pico não indica desaceleração

O secretário ressaltou que chegar ao pico da pandemia não significa uma desaceleração do vírus na cidade. Segundo ele, isso aponta para a chegada ao platô, que seria o momento em que os números continuam altos, mas com uma trajetória plana. Ou seja, a curva para de subir como anteriormente.

Mesmo que comece a haver uma estabilização do vírus, o secretário acredita que ainda seja necessário, pelo menos, seis meses para que a situação volte a um patamar parecido com janeiro ou fevereiro deste ano.

– Com as medidas que foram tomadas desde o início, lá em fevereiro, nós demoramos aproximadamente seis meses para chegar ao ápice de casos. Se formos usar o mesmo raciocínio e entender que a curva é matemática, nós devemos ter seis meses com as mesmas ações para chegar ao patamar de não ter mais transmissão comunitária – explicou. 

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Jean salientou ainda que essa luta também depende da população, que precisará cumprir as medidas necessárias para combater o coronavírus e evitar que a curva volte a subir em Joinville.