A equipe Terra, do projeto de extensão do Departamento de Engenharias da Mobilidade da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), representou o Brasil na RoboSub, competição internacional de robótica realizada nos Estados Unidos. No evento, os estudantes apresentaram o veículo autônomo subaquático (AUV, em inglês) apelidado de Ivy. O robô que “enxerga” sob a água foi criado no campus de Joinville, no Norte do Estado.

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O grupo desenvolveu o robô equipado com inteligência artificial para detectar objetos no ambiente aquático. A equipe foi a única da América do Sul a participar da modalidade presencial da competição em Irvine, na Califórnia.

Como é o robô que “enxerga” sob a água

Um AUV é um veículo subaquático não tripulado e totalmente autônomo. Com capacidade de reconhecimento de imagem e tomada de decisão, a tecnologia criada em Joinville contribuirá para pesquisas relacionadas à preservação de espécies nos recifes e à conservação ambiental.

Segundo a equipe Terra, Ivy ainda tem potencial para atuar em diversas áreas, incluindo inspeção de casco de embarcações em regiões portuárias — sem precisar colocar barcos e navios em uma doca seca —, coleta de dados e amostras para pesquisa científica.

Além de detectar objetos, Yvy possui sistemas de controle que, em versões futuras, poderão permitir que a máquina interaja fisicamente com o ambiente. Isso pode fazer com que o Yvy colete itens com uma garra, por exemplo.

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Veja fotos do Yvy

O veículo foi projetado para operar de forma autônoma, servindo de base para aprimoramentos futuros. A construção foi feita pelos estudantes da equipe Terra, sob coordenação do professor Andrea Piga Carboni — com o apoio das professoras Anelize Zomkowski Salvi e Tamiris Grossl Bade.

A Fundação de Ensino e Engenharia de Santa Catarina (FEESC) deu suporte financeiro ao projeto, que teve também colaboração da Connor Soluções.

Competição nos EUA

Durante a RoboSub, realizada entre os dias 11 e 17 de agosto, o Ivy passou na etapa de inspeção. No entanto, teve um problema com uma bateria adquirida nos Estados Unidos durante a competição. Os brasileiros acabaram pontuando apenas no critério de atividade extra.

A equipe Terra contou que vivenciou trocas de conhecimento com times experientes, que ofereceram apoio desde a adaptação de ferramentas ao padrão norte-americano até contribuições técnicas durante os desafios da competição.

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Assista à participação da equipe no RoboSub

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