A Lagoa do Peri testou imprópria para banho na última segunda-feira (10) pela segunda semana consecutiva. A medição foi feita pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) e disponibilizada nesta quarta-feira (12). A coleta anterior havia sido feita no dia 3 de fevereiro.

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Uma praia é considerada imprópria para banho quando a água está contaminada com a bactéria Escherichia coli, presente nas fezes de humanos e animais. De acordo com o IMA, o ponto é considerado impróprio quando, em 20% das últimas cinco análises, o resultado é superior a 800 bactérias (NPM) por 100 mililitros; ou quando, na última coleta, o resultado é superior a 2.000 NMP/100 ml.

Normalmente, as coletas na Lagoa do Peri registram menos de 100 NMP/100 ml. Neste ano, houve uma contaminação em 6 de janeiro, com 1.145 NMP/100 ml, que normalizou nas duas semanas seguintes. Em 3 de fevereiro, a coleta voltou a registrar alta, com 988 NMP/100 ml.

Agora, em 10 de fevereiro, o órgão contabilizou 209 NMP/100 ml — ou seja, o resultado atual teve queda em relação à semana anterior, mas ainda em patamar superior àqueles normalmente registrados na lagoa. De acordo com o IMA, caso na próxima análise o resultado seja inferior a 800 NMP/100 ml, o ponto retorna à condição de próprio.

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Veja o histórico de coletas do IMA em 2025

  • 10/2/2025 – 209 NMP/100 ml – IMPRÓPRIA
  • 3/2/2025 – 988 NMP/100 ml – IMPRÓPRIA
  • 27/1/2025 – 52 NMP/100 ml – PRÓPRIA
  • 13/1/2025 – 10 NMP/100 ml – PRÓPRIA
  • 6/1/2025 – 1.145 NMP/100 ml – PRÓPRIA
  • 2/1/2025 – 10 NMP/100 ml – PRÓPRIA

Dois resultados negativos consecutivos

Esta é a primeira vez que a Lagoa do Peri tem dois resultados negativos consecutivos, de acordo com o histórico do IMA, que começou a coleta na lagoa em 2013. A última vez que o local havia ficado impróprio foi em maio de 2018. Na ocasião, na coleta seguinte, feita um mês depois, o ponto voltou a ficar próprio.

A Lagoa do Peri é a única praia de água doce do Brasil com o selo Bandeira Azul, que reconhece a qualidade da água, entre outros critérios como gestão ambiental, educação ambiental, segurança e turismo sustentável. O local faz parte do Monumento Natural Municipal da Lagoa do Peri (MONA Lagoa do Peri), uma unidade de preservação com 4.274 hectares.

Com o resultado impróprio, a lagoa teve que retirar a Bandeira Azul na segunda-feira (10). O local também corre risco de perder o selo internacional caso não normalize a balneabilidade em 10 dias, conforme as regras do programa.

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O NSC Total questionou se a prefeitura de Florianópolis irá investigar as possíveis causas do problema de balneabilidade na Lagoa do Peri, e não obteve retorno até o fechamento desta reportagem. Em nota enviada na terça-feira, a administração municipal disse que o problema de balneabilidade na Lagoa do Peri é “reflexo das chuvas intensas dos últimos dias”.

“Em casos como esse, é necessário aguardar novas coletas para que a situação seja reavaliada de forma precisa. A Lagoa do Peri, por se tratar de uma Unidade de Conservação, recebe atenção constante do município para garantia da sua preservação e segurança”, diz a nota.

Veja fotos da Lagoa do Peri

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