Um laudo da Polícia Científica confirmou que a estudante de Pós-Graduação, Catarina Kasten, de 31 anos, assassinada em uma trilha na Praia do Matadeiro, em Florianópolis, foi sufocada. De acordo com o documento, o qual o jornalista da NSC, Leonardo Thomé, teve acesso, a jovem tinha ferimentos que indicam a asfixia como causa da morte.
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Catarina estava indo para uma aula de natação por volta das 6h50min da manhã, na Praia da Armação, como costumava fazer naquele horário, na sexta-feira (21). Três horas depois, o companheiro dela estranhou a demora de Catarina para voltar para casa e, por volta de 12h, viu mensagens no grupo com participantes que também faziam a aula de natação afirmando que pertences da jovem foram encontrados pelo caminho da trilha.
O corpo de Catarina foi encontrado no período da tarde, em uma área de mata da Trilha do Matadeiro, com sinais de violência sexual, de acordo com a Polícia Civil. O caso é investigado como feminicídio.
Assassino confessou o crime
Em depoimento à Polícia Civil, o assassino de Catarina confessou o crime e relatou que voltava de uma festa quando avistou a jovem. Imagens de câmeras de segurança mostram ele correndo pela areia da praia cerca de 30 segundos após Catarina passar pelo mesmo local.
Ele foi preso em flagrante na casa onde morava, na Armação. As roupas usadas por ele no momento do crime foram encontradas na residência.
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Assista ao vídeo das câmeras de segurança
Homem teria estuprado idosa em 2022
Além da morte de Catarina, o homem será investigado por suspeita de estuprar uma idosa de 69 anos em 2022 enquanto fazia serviços de jardinagem em uma casa no bairro Açores, no Sul da Ilha. Na época, ele tinha 17 anos.
De acordo com o boletim de ocorrência, o crime foi registrado no dia 4 de janeiro de 2022, por volta das 18h. Na situação, a idosa relatou que estava em uma chamada de vídeo com uma amiga quando foi surpreendida pelo agressor. Ele a derrubou no solo e a estuprou. No dia, havia homens na casa da vítima fazendo serviços de jardinagem. A vítima foi levada para o hospital, onde recebeu atendimento.
O inquérito já havia sido concluído em julho deste ano, mas como nenhum suspeito havia sido localizado, ninguém havia sido indiciado. Agora, o caso será reaberto.
Caso segue para promotoria de Justiça que atua no Tribunal do Júri
No sábado (22), a prisão dele foi convertida em preventiva, após passar por audiência de custódia. Agora, segundo o Ministério Público de Santa Catarina, o caso foi para a 36ª Promotoria de Justiça da Capital, com atribuição no Tribunal do Júri, que aguarda a conclusão do inquérito policial.
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O promotor de Justiça Cristian Richard Stahelin Oliveira, que atendeu o caso, disse que o caso lhe causou perplexidade.
— Como Promotor de Justiça plantonista esse caso causou perplexidade e indignação. A vítima foi brutalmente assassinada enquanto se encaminhava para uma atividade de lazer, em plena luz do dia e num local público. O Ministério Público de Santa Catarina está empenhado, com toda a sua energia, através dos Promotores e Promotoras de Justiça, a combater toda e qualquer forma de violência de gênero — afirmou.

