O Governo de Santa Catarina iniciou um levantamento sobre a economia solidária no Estado. O objetivo é reunir dados sobre empreendimentos, atividades e faturamento do setor, que é considerado estratégico em SC para geração de emprego e renda, e para o desenvolvimento sustentável em comunidades urbanas e rurais.

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O levantamento inclui informações sobre número de iniciativas, tipos de atividades realizadas, quantidade de pessoas envolvidas e valores de faturamento. Os dados serão reunidos em um banco estadual de informações, que servirá de base para futuros programas e editais voltados à economia solidária.

A economia solidária reúne iniciativas coletivas e autogestionárias, como cooperativas, associações e grupos de produção, que têm como base o trabalho compartilhado e a inclusão produtiva.

A ação é conduzida pela Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços (Sicos) em parceria com a Universidade para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí (Unidavi). O trabalho começou em outubro deste ano e deve se estender até o início de 2026, quando está prevista a divulgação dos resultados.

Regiões onde mapeamento é feito

A coleta de informações está sendo feita por 23 mapeadores, distribuídos em diferentes regiões do Estado. Os responsáveis aplicam questionários e fazem o cadastramento dos empreendimentos em municípios como Florianópolis, Chapecó, Joinville, Blumenau, Criciúma, Itajaí, Lages e Rio do Sul, entre outros.

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As informações também serão integradas ao sistema Cadastro Nacional de Empreendimentos Econômicos Solidários (Cadsol/SC), que passou por atualizações para facilitar o registro de dados e permitir a emissão de certificados de reconhecimento estadual.

Segundo a secretária do Conselho Estadual do Artesanato e da Economia Solidária (Ceaes), Fabiana Ribeiro, o mapeamento possibilita reunir informações consistentes para o Estado.

— A partir desse diagnóstico, poderemos avançar na criação de políticas públicas que deem ainda mais visibilidade, sustentabilidade e reconhecimento aos empreendimentos solidários — afirma.

Metodologia do mapeamento

A metodologia da pesquisa foi elaborada ao longo de 2024, em conjunto com o Conselho Estadual do Artesanato e da Economia Solidária (Ceaes) e o Fórum Catarinense de Economia Solidária (FCES). O formato foi definido para garantir que o diagnóstico reflita a diversidade regional e os diferentes modelos de organização do setor.

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Após a coleta, a Unidavi será responsável pela análise e sistematização dos dados. O resultado final deve incluir um relatório detalhado sobre o panorama da economia solidária em Santa Catarina.

*Sob supervisão de Luana Amorim

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