A Polícia Civil começou a traçar um perfil da suspeita de envenenar o bolo que matou três pessoas em Torres, no Rio Grande do Sul. Conforme a polícia, ela é uma pessoa de “postura fria” e “manipuladora”. As informações são do g1.
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A investigação afirma que vê “fortes indícios” de que ela “tenha praticado homicídios e tentativas de homicídios em série”. As autoridades confirmaram que Paulo Luiz dos Anjos, sogro da mulher presa, também ingeriu arsênio antes de morrer. Deise Moura dos Anjos está presa temporariamente.
Quem é quem no caso do bolo envenenado com arsênio no RS
“Ela é uma pessoa extremamente manipuladora. Ela é uma pessoa extremamente calma, extremamente firme nas suas afirmações, extremamente convincente”, afirmou ao g1 a delegada regional do Litoral Norte, Sabrina Deffente.
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“Uma postura fria, uma postura com uma resposta sempre na ponta da língua, muito tranquila”, acrescentou ao g1 o delegado Marcos Vinícius Veloso, que conduz o inquérito policial sobre o caso.
Em nota ao g1, a defesa da suspeita Deise Moura dos Anjos alega que “as declarações divulgadas ainda não foram judicializadas no procedimento sobre o caso” e que “aguarda a integralidade dos documentos e provas para análise e manifestação”.
O que se sabe sobre o caso do bolo no RS
Sete pessoas da mesma família estavam reunidas em uma casa na cidade de Torres, durante um café da tarde em 23 de dezembro, quando começaram a passar mal. Apenas uma delas não teria comido o bolo.
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Três mulheres morreram com intervalo de algumas horas. Tatiana Denize Silva dos Anjos e Maida Berenice Flores da Silva tiveram parada cardiorrespiratória, segundo o hospital onde receberam atendimento. Neuza Denize Silva dos Anjos teve a morte divulgada como “choque pós-intoxicação alimentar”.
Uma criança que também consumiu a sobremesa chegou a ficar internada por vários dias, mas já recebeu alta e se recupera em casa. Segundo o delegado Veloso, Zeli foi a única pessoa da casa a comer duas fatias. A maior concentração do veneno foi encontrada no sangue dela.
Zeli fez o bolo e levou para a festa de fim de ano familiar em Torres. A perícia do IGP constatou que a farinha usada para fazer o doce é que foi envenenada com arsênio, veneno que já havia sido encontrado no corpo das vítimas pelo hospital onde elas receberam atendimento.
Conforme a investigação policial, a relação entre nora e sogra era difícil desde o início da relação, que existia há cerca de 20 anos. No entanto, a motivação para o crime não está clara. A Polícia Civil não entrou em detalhes a respeito de quem seria o alvo objetivo de Deise ao supostamente envenenar a farinha do bolo, quando fez isso e onde obteve o veneno.
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Celulares de pessoas relacionadas com a família foram apreendidos para perícia. Entre eles, está o telefone do marido de Deise, filho de Zeli. Apesar disso, a polícia sinaliza que ele não é tratado como suspeito do crime.
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