O 42º Festival de Dança de Joinville começa nesta segunda-feira (21) e com ele a reabertura do Museu da Dança, que conta com um rico acervo de objetos relacionados à dança, além da interatividade, destaque nos ambientes, em instalações imersivas e uma estrutura que oferece dinamismo à visitação. Conheça mais sobre o novo museu de Joinville.

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Para o museu, foi criado um espaço pensado para experimentar a dança sob diferentes perspectivas.. Instalado em sede própria de 700 metros quadrados, conta com um teatro com capacidade para 200 pessoas e um rico acervo de memórias da dança no país e no mundo. O local estará aberto para visitação a partir desta segunda-feira às 9h.

O que faz do Festival de Dança de Joinville o maior do mundo 

Desejo antigo da Capital Nacional da Dança, o museu é considerado o primeiro não virtual dedicado à dança na América Latina. 

— É não apenas a realização de um sonho de longos anos, mas também o legado que o Instituto oferece para Joinville. Esta é mais uma das ações que destaca a presença do Festival o ano inteiro na cidade — salienta Ely Diniz, presidente do Instituto Festival de Dança de Joinville.

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O museu abre com a exposição de longa duração “A Dança como Linguagem e Reinvenção da Presença”. Além de um rico acervo de objetos relacionados à dança, a interatividade é destaque nos ambientes, em instalações imersivas e uma estrutura que oferece dinamismo à visitação. 

— A ideia é dar a sensação de que se está numa coreografia, o que cria surpresas e um museu mais dinâmico, que vai ao encontro da interatividade e imersão, potencializando a experiência — explica a arquiteta Paula Delai Ried. A exposição é separada em quatro núcleos – natureza, tecnologia, espetáculo e memória – que se “contaminam” e enriquecem as reflexões sobre a dança.

Isadora Terranova, uma das curadoras da exposição, explica que com essa disposição, a proposta é pensar a dança no campo expandido e organizar um recorte de um acervo que já existia, múltiplo e diverso, com a tecnologia, propondo a interatividade e a experimentação do espaço.

Além de aproveitar diferentes tecnologias imersivas, o visitante pode saber mais sobre os diferentes itens do acervo a partir de QR-codes instalados na exposição. 

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— Há, desde coisas históricas, como sapatos de sapateado do século 19, até tecnologia avançada, holografia, realidade aumentada e a possibilidade de gravar vídeos e depoimentos. O visitante pode participar da construção do museu — comenta Victor Aronis, coordenador-geral do Instituto.

Já o teatro com capacidade para 200 pessoas pode ser utilizado para diferentes iniciativas, como espetáculos, aulas de dança e workshops. O novo museu foi construído com receita própria do Instituto e recursos do governo estadual por meio do Programa de Incentivo à Cultura (Fundação Catarinense de Cultura) e para o mobiliário do teatro.

Conheça mais sobre o novo Museu da Dança de Joinville

Núcleo da natureza: propõe a dança como algo elementar, mostrando o movimento da natureza como algo harmônico e em diálogo com a dança. Na sala interativa, a imersão ocorre por meio de ventiladores holográficos e efeitos de iluminação, som e imagem que simulam o voo dos guarás, o crescimento das plantas e as copas das árvores.

Entre os destaques da sala, estão um figurino doado pelo bailarino e coreógrafo Rui Moreira, além de uma vídeo-arte do espetáculo Sagração da Primavera, apresentado no Festival de Dança de Joinville.

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Núcleo da tecnologia: este espaço reflete sobre as tecnologias produzidas pela dança e para a dança. No acervo, estão programas de espetáculo, sapatilhas antigas, monóculos de teatros ao redor do mundo e outros itens que propõem uma reflexão sobre a cadeia de objetos pensados para essa arte.

Um dos principais espaços simula um palco e suas coxias, permitindo que o visitante sinta-se um trabalhador da dança em contato com o chão de linóleo, as cortinas nobres e os canhões de luz. Em três diferentes telas, coreógrafos e operadores de luz virtuais conversam com o visitante e incentivam a imersão no ambiente.

Núcleo do espetáculo: o ambiente destaca os festivais e apresentações de dança pelo Brasil e o mundo. Entre os destaques, está a coleção de 42 cartazes do Festival de Dança de Joinville e troféus antigos do evento, um deles assinado pela artista plástica Helena Montenegro. O espaço também conta com uma coleção de fotografias e negativos de grupos de todo o país registrados pelo fotógrafo Zanini.

No ambiente dedicado ao espetáculo, figurinos doados pela Escola do Teatro Bolshoi no Brasil e por bailarinos como Ana Botafogo, Cecília Kerche e Marcelo Misailidis também enriquecem o acervo. Além disso, uma sala de dança com projetor e holografia permite que o visitante faça uma aula de dança com a ajuda da tecnologia.

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Núcleo da memória: o último núcleo mostra a dança como memória coletiva e social com cabines que exibem vídeos de diferentes manifestações, como a ballroom e o passinho. Já uma coleção de bonecas evidencia os variados gêneros de dança e manifestações culturais.

No mesmo espaço, uma sala com projetor gera imagens de vários lugares pelo mundo, permitindo que o visitante escolha um deles, selecione uma música e se veja dançando nesses palcos, com a possibilidade de gravar o vídeo interativo.  

Como visitar o Museu da Dança

O novo Museu da Dança de Joinville fica na rua Orestes Guimarães, 406, anexo ao Saltare Centro de Dança. O horário de funcionamento durante o festival é das 8h às 20h. Os ingressos podem ser adquiridos na entrada, por R$ 10 reais ou R$ 5 a meia-entrada.

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