O Instagram anunciou, na última quarta-feira (23), uma série de medidas para reforçar a proteção de crianças, adolescentes e pais que administram perfis com conteúdo infantil na plataforma. As mudanças, que devem impactar diretamente criadores de conteúdo conhecidos como “kidfluencers” e contas de pais que expõem seus filhos, têm como objetivo tornar mais difícil o acesso de usuários suspeitos a esses perfis e oferecer camadas adicionais de segurança.
Continua depois da publicidade
De acordo com a Meta, os perfis que publicam frequentemente fotos ou vídeos de crianças serão automaticamente configurados com filtros mais rígidos, como a ativação do recurso “Palavras Ocultas”, que bloqueia termos ofensivos nos comentários, além de restringir mensagens diretas de desconhecidos.
A atualização também limita a recomendação desses perfis para adultos com histórico de comportamentos inadequados, como pessoas que já foram bloqueadas por crianças e adolescentes.
“Maldição e bênção”: como fazer trend com o ChatGPT que viralizou nas redes sociais
O Instagram deixará de exibir essas contas nos resultados de busca para usuários potencialmente suspeitos, além de emitir alertas para que os administradores revisem suas configurações de privacidade.
Continua depois da publicidade
A Meta afirma que, apenas no último ano, removeu quase 135 mil contas que sexualizavam crianças e mais de 500 mil contas relacionadas a esses perfis no Instagram e no Facebook.
As mudanças não se limitam às contas infantis
Adolescentes também terão novas ferramentas de segurança, como a exibição do mês e ano em que um perfil foi criado dentro das conversas privadas, ajudando a identificar possíveis golpistas.
Outro recurso é a opção de bloquear e denunciar contas em um único clique dentro das mensagens diretas. Desde junho, o aplicativo também conta com um “aviso de localização”, que alerta quando o contato está em outro país ou tenta falsificar a região de onde está falando, recurso que já foi visualizado por mais de um milhão de usuários. Além disso, há proteções contra nudez, com imagens potencialmente explícitas sendo automaticamente desfocadas.
As medidas chegam em um momento de crescente pressão sobre a Meta, que tem sido alvo de críticas e processos judiciais por não proteger adequadamente jovens usuários e por contribuir para a deterioração da saúde mental de adolescentes.
Continua depois da publicidade
As novas regras reforçam a tentativa da empresa de se posicionar como uma plataforma mais segura e de se antecipar a legislações mais rígidas, como o Kids Online Safety Act nos Estados Unidos, que pressiona empresas de tecnologia a adotar medidas mais efetivas contra abusos online.
Segundo a Meta, a prioridade é reduzir interações indesejadas e criar um ambiente digital mais saudável, principalmente para os menores de idade, que hoje representam um dos públicos mais vulneráveis da internet.
Leia mais
Internet 6G da China baixa 50 GB mais rápido que um piscar de olhos
iPhone dobrável? Apple pode estar planejando lançamento com tela menor que rival da Samsung