A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro falou à imprensa pela primeira vez após a condenação do marido Jair Bolsonaro (PL). Em entrevista ao jornal britânico The Telegraph, ela admitiu pela primeira vez a possibilidade de concorrer à Presidência da República em 2026.
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— Eu me levantarei como uma leoa para defender nossos valores conservadores, a verdade e a justiça. Se, para cumprir a vontade de Deus, for necessário assumir uma candidatura política, estarei pronta para fazer o que Ele me pedir — afirmou.
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Michelle criticou a condução do processo que levou à condenação de Bolsonaro e de militares e aliados políticos do ex-presidente por tentativa de golpe de Estado. Disse considerar o marido “perseguido” pelo Judiciário, e despistou afirmando que inicialmente o foco está voltado em cuidar de Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar e aguardando decisão sobre o cumprimento da pena de 27 anos e 3 meses de prisão a que foi condenado.
— Minha total atenção está voltada para cuidar das minhas filhas e do meu marido neste momento delicado, para que esta perseguição e humilhação que nos são infligidas como brasileiros conservadores não destruam minha família ou as famílias de tantos outros injustamente alvos desta perseguição covarde — afirmou na entrevista ao The Telegraph.
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O jornal britânico destacou que Michelle é vista como “mais compassiva e menos combativa do que o marido” e que é popular entre os evangélicos, mas seu apelo mais amplo é incerto. O periódico também destacou que alguns analistas acreditam que ela poderia ser companheira de chapa do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, figura vista como em ascensão no campo da direita e menos agitador do que o clã Bolsonaro. Apesar disso, o jornal destaca que ao apresentar as credenciais de esposa dedicada e defensora do conservadorismo, Michelle poderia estar se apresentando como possível candidata à Presidência.
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