O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que será candidato à presidência da república caso o pai, Jair Bolsonaro (PL), não consiga de fato estar nas eleições de 2026. A fala foi feita em entrevista ao Contexto Metrópoles nesta terça-feira (23). O ex-presidente foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão e foi considerado inelegível até 2062.
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— Eu sou, na impossibilidade de Jair Bolsonaro, candidato a presidente da República. Por isso que o sistema corre e se apressa para tentar me condenar em algum colegiado, que seja na Primeira Turma do STF, para tentar me deixar inelegível — falou Eduardo Bolsonaro em entrevista.
A fala do parlamentar se refere à denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta terça-feira sobre a atuação durante o processo sobre golpe de Estado. Segundo o texto, Eduardo buscou levantar sanções e tarifas ao Brasil numa tentativa de “atrapalhar” o julgamento. Agora, ele tem 14 dias para responde à denúncia.
Ainda nesta terça-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), barrou a indicação de Eduardo Bolsonaro para a liderança da minoria. Com isso, ele pode perder o mandato, visto que está nos Estados Unidos desde fevereiro deste ano e seguirá tendo faltas computadas.
Segundo Motta, entre as obrigações de um parlamentar está a de frequentar presencialmente o Congresso Nacional.
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Ainda durante a entrevista, Eduardo Bolsonaro falou que o “o movimento liderado por Jair Bolsonaro é perene” e que as eleições só o colocaram em um lugar de “mais poder”.
— A eleição só me coloca num cargo com um pouco mais de poder, com o poder da caneta para fazer algumas coisas que os cidadãos não podem, como articular projetos de lei, propor projetos de lei, fazer destinações orçamentárias. Fora isso, todos nós somos iguais — destaca.
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Bolsonaro cumpre prisão domiciliar
Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde agosto. Na ocasião, entre as razões citadas por Moraes, estava o descumprimento pela segunda vez das medidas cautelares, “que justifica a imposição da prisão domiciliar”.
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Além disso, Bolsonaro teve uma “conduta ilícita dissimulada”, de acordo com o ministro, por preparar material fabricado para ser divulgado durante as manifestações que ocorreram pelo país no dia 3 de agosto e nas redes sociais. Por meio destes vídeos, áudios e publicações, Bolsonaro teria mantido uma conduta “delitiva”, segundo Moraes, como uma chamada de vídeo realizada com o deputado federal Nikolas Ferreira.
Nesta terça-feira, a defesa do ex-presidente protocolou um pedido para que as medidas cautelares impsotas a ele sejam revistas.
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