A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro usou as redes sociais na noite de terça-feira (26) para reclamar do que chamou de “humilhações” e “perseguição” após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar que a polícia monitore em tempo integral o cumprimento das medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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“Sabe… a cada dia que passa, o desafio tem sido enorme: resistir à perseguição, lidar com as incertezas e suportar as humilhações. Mas não tem nada, não. Nós vamos vencer. Deus é bom o tempo todo, e nós temos uma promessa. Pai, eu te amo, independente dos dias ruins”, escreveu Michelle, em um story no Instagram.

Monitoramento dentro da casa de Bolsonaro
O ministro do Alexandre de Moraes determinou o reforço de policiamento na casa de Jair Bolsonaro, nesta terça-feira (26), após um pedido do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. Mais cedo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) havia se manifestado de forma favorável para o reforço integral.
A PF pedia, em um ofício enviado ao STF, “reforço urgente e imediato” de policiamento, assim como a manutenção e checagem constante da tornozeleira eletrônica do ex-presidente.
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Isso porque a PF teria recebido informações sobre um “risco concreto de fuga” do político, com possibilidade de tentativa de entrada na Embaixada dos Estados Unidos e posterior pedido asilo político. A embaixada fica a cerca de 10 minutos da casa de Bolsonaro e, por ser considerada uma extensão do território dos EUA, eventuais mandados de prisão não poderiam ser cumpridos no local.
Mais tarde, a PF disse ao STF que a permanência de agentes dentro da casa do ex-presidente seria necessária para garantir que a prisão domiciliar seja monitorada de forma efetiva. Segundo a corporação, apesar de a tornozeleira eletrônica de Bolsonaro enviar informações online, a internet pode cair, o que daria tempo para uma eventual fuga.
Em caso de fuga, a PF avaliou que a vigilância externa não seria suficiente para impedir a saída. Assim, foi sugerida a mesma medida aplicada no passado ao ex-juiz Nicolau dos Santos Neto, o “Lalau”. No caso dele, policiais ficaram dentro da casa durante o cumprimento da prisão domiciliar.
Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto, usando tornozeleira eletrônica e sem acesso ao telefone celular. Além disso, ele não pode receber visitas sem autorização judicial, com exceção dos advogados e familiares.
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Entenda a prisão domiciliar de Bolsonaro
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