Militares decidiram rejeitar o convite para participar do teste público de segurança das urnas eletrônicas, promovido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As Forças Armadas teriam decidido ficar de fora da ação por entender que uma eventual participação daria mais credibilidade ao teste e à segurança da urna – o que é contestado não só por militares, como pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mas sem apresentação de provas. As informações foram publicadas pela CNN Brasil.
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Urna eletrônica no Brasil: conheça a história e como funciona a segurança do equipamento
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Segundo a emissora, os militares consideram o modelo atual “suscetível a falhas” e que poderia “afetar o resultado das eleições em 2022”. Até o momento, no entanto, não houve demonstrações de como as urnas poderiam estar vulneráveis. Mesmo assim, o Ministério da Defesa estaria avaliando como informar ao TSE a percepção dos militares sobre o voto eletrônico, que é usado no país desde 1996.
Ainda segundo a CNN, os militares alegam que a segurança do processo eleitoral não poderia ser reduzida à abertura do código-fonte, medida feita mais de um ano antes das eleições, e estaria preparando outros questionamentos a apresentar ao TSE.
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As medidas para atestar a segurança da urna eletrônica ocorrem nesta semana. Trata-se da 6ª edição do chamado Teste Público de Segurança (TPS), em que 26 invesigadores tentam executar 29 planos de ataque contra as urnas que serão usadas no próximo ano. O TSE busca, com isso, garantir a segurança e identificar possíveis vulnerabilidades. Os testes ocorrem desde 2009.
Em agosto, a Câmara dos Deputados rejeitou o projeto que tentava instituir o voto impresso a partir das próximas eleições. O resultado contrariou o interesse do presidente Jair Bolsonaro, que defendia a medida.
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