O ativismo e a moda podem e devem caminhar juntos, e isso abre espaço para que pessoas e empresas preocupadas com a causa dos animais e com a sustentabilidade criem produtos e serviços livres de crueldade. “A Vegano Shoes é prova disso. Nossos produtos se encaixam muito bem no mundo da moda atual e são 100% cruelty-free. Inclusive, a moda pode ser um ótimo meio de expressão para o ativismo, fazendo com que ele tenha maior visibilidade e consiga se sustentar”, aponta Rosemir Folhas, fundador da Vegano Shoes.

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Moda e meio ambiente

Patricia Zanella, pesquisadora em moda sustentável, vegana, ativista internacional e cofundadora da EcoCiclo, sempre foi amante de moda e, ao mesmo tempo, preocupada com a sustentabilidade. A jovem empreendedora social pontua a importância de se ter um olhar crítico e questionador. “Repensar seu consumo e o significado de cada peça que você utiliza como uma extensão dos seus valores, que para mim podem e devem coexistir com a luta pela defesa ambiental e consciência social”, relata.

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Couro animal X produtos sintéticos

Rosemir Folhas, fundador da Vegano Shoes explica a diferença entre produtos de couro e produtos sintéticos. “O couro animal, em primeiro lugar, precisa do sacrifício de uma vida para existir. Depois disso ele passa por muitos processos que agridem muito a natureza, o meio ambiente e a saúde de quem trabalha neste processo. Já o couro vegano, não existe. Esta expressão é usada erroneamente no mercado. Couro é uma denominação que só deve ser usada para pele animal. O que usamos aqui é o Laminado Sintético PU”, esclarece Rosemir Folhas.

Opções livres de crueldade

Para facilitar a busca por vestimentas e acessórios livres de matérias-primas que agridem o planeta e matam animais é importante pesquisar as marcas que produzem esses produtos e valorizar pequenos produtores. “Existem muitas marcas pequenas e para todos os estilos, por serem menores, a divulgação delas acaba sendo limitada, acompanhar pessoas veganas e sites como o Entenda de Moda, contribui para ter acesso às diversas opções existentes no mercado que não estão na grande mídia”, aconselha a ativista internacional Patricia Zanella.

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A empreendedora social também sugere priorizar brechós e armários compartilhados e entender o próprio estilo. “Saber quais tecidos e cores combinam mais comigo e com as outras peças do meu armário garante que meu estilo esteja alinhado à minha marca pessoal e aos meus compromissos, acabando com aquela sensação de “não ter roupa”, além de saber que estou vestindo o que acredito, ou seja, algo alinhado aos meus valores”, explica Patrícia Zanella.

Estilo consciente

Produtos veganos não perdem em nada quando se fala de beleza, conforto e estilo. “Logo estarão nas passarelas. É uma questão de tempo, pois, aos poucos, as pessoas estão percebendo que não é necessário matar para se vestir ou se calçar bem”, analisa Rosemir Folhas. As pessoas estão cada vez mais abertas ao estilo de vida que protege os animais, mas é preciso que haja mais divulgação sobre como os animais e o planeta são afetados com o consumo inconsciente.

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*Por Matilde Freitas

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