O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira (7) pedidos de visita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está em prisão domiciliar. Entre os autorizados, estão o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (Progressistas), além de deputados aliados de Bolsonaro, como Luciano Zucco (PL-RS).
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Os aliados de Bolsonaro entraram com pedidos formais para visitar o ex-presidente. Moraes autorizou as visitas, com data pré-estabelecida, entre as 10h e 18h, e lembrou que as determinações legais e judiciais impostas devem ser respeitadas.
O ministro também estabeleceu as datas em que as visitas ocorrerão, entre esta sexta-feira (8) e a próxima quinta-feira (14), conforme os pedidos. Cada encontro será em um dia específico, sem que coincidam, conforme a decisão.
Veja a lista de quem teve a visita autorizada
- governador de São Paulo, Tarcísio Gomes De Freitas (Republicanos-SP): 7/8/2025
- vice-governadora do Distrito Federal Celina Leão (PP-DF): 8/8/2025
- deputado federal Geraldo Junio (PL-MG): 11/8/2025
- deputado federal Marcelo Pires Moraes (PL-RS): 12/8/2025
- empresário e presidente do PL em Angra dos Reis, Renato De Araújo Corrêa: 13/8/2025
- deputado federal Luciano Lorenzini Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara: 14/8/2025
Tarcísio argumentou amizade com bolsonaro
Em um documento direcionado ao ministro Alexandre de Moraes, o governador de São Paulo disse ser “correligionário e amigo” do ex-presidente e que considera haver razões “político-institucionais” e “humanitárias” que justificariam a visita.
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“Diante do exposto, solicito à Vossa Excelência autorização para empreender visita domiciliar ao senhor Jair Messias Bolsonaro, no próximo dia 7 de agosto, assumindo, desde já, o compromisso de observar todas as determinações estabelecidas por esse juízo”, diz o documento.
O que pesa contra Jair Bolsonaro
Entenda a prisão domiciliar de Bolsonaro
Moraes decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro na segunda-feira (4). Na decisão divulgada, o ministro cita diversas violações das medidas cautelares impostas por ele anteriormente, como a publicação de conteúdo com o objetivo de coagir o STF e obstruir investigações que ainda estão em andamento.
Entre as razões citadas por Moraes, está o descumprimento pela segunda vez das medidas cautelares, “que justifica a imposição da prisão domiciliar”.
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Além disso, Bolsonaro teve uma “conduta ilícita dissimulada”, de acordo com o ministro, por preparar material fabricado para ser divulgado durante as manifestações que ocorreram pelo país no último domingo (3) e nas redes sociais. Por meio destes vídeos, áudios e publicações, Bolsonaro teria mantido uma conduta “delitiva”, segundo Moraes, como uma chamada de vídeo realizada por Bolsonaro com o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).
Uma postagem nas redes sociais foi feita pelo filho do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), em que Bolsonaro aparece fazendo uma ligação para Flávio durante o ato no Rio de Janeiro, com uma mensagem para os apoiadores:
“Boa tarde, Copacabana. Boa tarde, meu Brasil. Um abraço a todos. É pela nossa liberdade. Estamos juntos”, disse Jair Bolsonaro.
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