O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de 24 horas para a Polícia Penal do Distrito Federal explicar detalhes da escolta do ex-presidente Jair Bolsonaro na ida ao hospital DF Star, no domingo (14). O pedido foi publicado nesta segunda-feira (15) e o prazo começa a contar quando a Polícia Penal do DF for notificada. As informações são do g1.

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No relatório, Moraes solicitou o “motivo de não ter sido realizado o transporte imediato logo após a liberação médica”. Ele também pediu detalhes sobre o carro que transportou Jair Bolsonaro na ida e na volta e o nome dos agentes de polícia que o acompanharam no quarto.

Ao deixar o hospital, Bolsonaro permaneceu em pé ao lado do carro da Polícia Penal por mais de 6 minutos, enquanto apoiadores do ex-presidente gritavam palavras de ordem e tiravam fotos. O presidente estava acompanhado dos filhos Jair Renan e Carlos, e exibia um curativo pouco abaixo do pescoço.

Entenda a situação de Bolsonaro

Estado de Bolsonaro

A ida ao hospital teve autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Essa foi a primeira vez que o ex-presidente Jair Bolsonaro deixou a prisão domiciliar desde que foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pela Primeira Turma do STF, na última quinta-feira (11).

O médico Cláudio Birolini disse que o estado de saúde de Jair Bolsonaro é fragilizado. O profissional acompanhou o ex-presidente no domingo (14) em mais uma rodada de exames de rotina no Hospital DF Star, em Brasília. Conforme o boletim médico divulgado, Bolsonaro apresenta anemia e resíduo de pneumonia.

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Biroli frisou que Bolsonaro já está com 70 anos, enfrentou várias cirurgias e, ao longo do último mês, teria se alimentado mal. O ex-presidente chegou, inclusive, a fazer reposição de ferro durante uma visita ao hospital. Já o quadro de refluxo apresentou melhora, embora ainda não esteja completamente curado. A pressão alta, porém, está controlada, segundo o médico.

Bolsonaro voltou para casa, onde cumpre prisão domiciliar, após os exames. Nas imagens deixando o hospital, ele apresenta um semblante abatido, mas acena com uma mão para os apoiadores que o aguardavam do lado de fora da unidade. Ele chegou a dar um sorriso discreto ao ouvir gritos de incentivo. Aliados indicam que o quadro delicado de saúde de Bolsonaro pode embasar um pedido para que ele cumpra a pena imposta pelo STF, nesta semana, em casa.

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