Ex-presidente está em prisão domiciliar desde 4 de agosto (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom, Agência Brasil)
O pedido do Governo do Distrito Federal para que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passe por avaliação médica para verificar possibilidade do cumprimento de prisão no Complexo Penitenciário da Papuda foi rejeitado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Para o ministro, a demanda não é pertinente neste momento. Com informações do g1.
Continua depois da publicidade
Dessa forma, o pedido foi retirado da ação penal do chamado núcleo crucial da trama golpista, pelo qual Bolsonaro foi condenado a 27 anos de prisão por cinco crimes, incluindo golpe de estado e organização criminosa.
O local da prisão só será definido depois que se esgotarem todos os recursos, que começarão a ser analisados pela Primeira Turma do Supremo nesta sexta-feira (7), em plenário virtual. Se o recurso de Bolsonaro for rejeitado, ainda caberá mais um recurso.
A expectativa é de que Bolsonaro comece acumprir a pena até o fim do ano.
Bolsonaro na papuda?
O pedido de avaliação médica foi feito pelo governo do DF, em um ofício, encaminhado ao ministro Moraes e assinado pelo secretário da Seape, Wenderson Souza e Teles.
Continua depois da publicidade
Na justificativa o governo afirmou que os recursos da ação penal estão próximos de serem julgados e há a possibilidade de um ou mais réus cumprirem a pena no sistema penitenciário do DF.
“Considerado a proximidade do julgamento dos recursos da Ação Penal nº 2668, o que leva a possibilidade de um ou mais réus serem recolhidos no Sistema Penitenciário do Distrito Federal, solicita-se que o apenado Jair Messias Bolsonaro seja submetido à avaliação médica por equipe especializada, a fim de que seja realizada avaliação de seu quadro clínico e a sua compatibilidade com a assistência médica e nutricional disponibilizados nos estabelecimentos prisionais desta Capital da República”, diz o texto.
Veja cronologia que levou à prisão de Jair Bolsonaro
1
Após perder as eleições de 2022, Bolsonaro ficou 44 horas em silêncio (Foto: Lula Marques, Agência Brasil)
Em 8 de janeiro de 2023, bolsonaristas invadiram e depredaram os Três Poderes em Brasília após meses pedindo intervenção militar. Segundo a PGR, 284 pessoas já foram condenadas pelo STF (Foto: Tânia Rêgo, Agência Brasil)
Em 9 de janeiro de 2023, Moraes ordenou a desocupação dos acampamentos golpistas nos quartéis. Bolsonaro seguia nos EUA, de onde só voltou em março (Foto: Tânia Rêgo, Agência Brasil)
Réus do núcleo 1 da trama golpista ocorrida durante o governo de Jair Bolsonaro começaram a ser ouvidos no STF em junho de 2025 (Foto: Antonio Augusto, STF)
A Polícia Federal passou a investigar a atuação de Jair Bolsonaro depois que o ex-presidente disse, em maio, ter enviado R$ 2 milhões para o filho permanecer nos Estados Unidos (Foto: reprodução; redes sociais)
Moraes havia determinado no dia 25 de julho que Bolsonaro cumprisse medidas cautelares por indícios de obstrução no processo em que ele é réu por tentativa de golpe de Estado (Foto: Tânia Rêgo, Agência Brasil)
Desde o dia 18 de julho de 2025 Bolsonaro é obrigado a usar tornozeleira eletrônica; além disso, ele não poderia acessar as redes sociais e estava proibido de falar com o filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos (Foto: Reprodução)
Apesar disso, o senador Flávio Bolsonaro colocou o ex-presidente no viva-voz no telefone durante amanifestações (Foto: Lula Marques, Agência Brasil)
Depois do viva a voz, o senador postou um vídeo de Bolsonaro enquanto ele fazia a ligação, com uma mensagem para os apoiadores: “Boa tarde, Copacabana. Boa tarde, meu Brasil. Um abraço a todos. É pela nossa liberdade. Estamos juntos”, disse Jair Bolsonaro (Foto: Redes sociais, Reprodução)