Os tornados que causaram destruição em Santa Catarina e no Paraná na última semana foram assunto na Conferência das Partes (COP30) durante a fala da diretora do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Regina Alvalá. Doutora em meteorologia, a especialista participou de uma roda de conversa em um espaço do governo federal dentro da zona verde, na tarde desta terça-feira (11).
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— O tornado tem formação em uma escala muito pequena e por isso é difícil de prever — detalhou.
Na última sexta (7), a passagem de um ciclone extratropical favoreceu a formação de tempestades em toda Santa Catarina. No Oeste, os municípios Dionísio Cerqueira, Xanxerê e Faxinal dos Guedes foram atingidos e decretaram situação de emergência. De acordo com a Defesa Civil estadual, os tornados tiveram curta duração, mas provocaram danos intensos e concentrados.
Já no Paraná, os três tornados tiveram ventos que atingiram 330 km/h, destruindo os municípios de Turvo, Rio Bonito do Iguaçu e Guarapuava. Foram seis mortes e mais de 800 feridos.
No evento em que participou nesta terça no Parque da Cidade, sede da COP em Belém, a diretora do Cemaden reforçou a importância dos sistemas de alerta. Para ela, é “primordial” que se conheça os riscos, “fundamental” que se tenha sistemas de alerta bem estruturados e “crucial” que a comunicação do monitoramento funcione.
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Ela também defendeu pesquisas e desenvolvimento tecnológico relacionados ao assunto, já que a cada desastre a dinâmica do local afetado muda:
— Quem dera fosse só repetir uma “receita”. Cada vez que acontece tem mudança de paisagem, território de uso da terra. Tudo se altera — detalhou.
Secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Barreiros reforçou o quanto as mudanças climáticas estão por trás desses eventos meteorológicos extremos como os registrados no Paraná e Santa Catarina recentemente:
— Muita gente não acreditava nas mudanças do clima, agora os impactos estão batendo à nossa porta.
As áreas da sede da COP
O Parque da Cidade, em Belém, onde acontece a COP30, possui duas principais áreas: a Blue Zone e a Grren Zone. A Blue Zone é o espaço administrado pela ONU voltado para as delegações oficiais, onde são feitas as negociações entre chefes de Estado, ministros e delegações estrangeiras.
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Já a Green Zone é a “área pública” da COP30, espaço onde a sociedade, instituições e outros atores não-governamentais podem se reunir em projetos e soluções voltadas para a crise climática. O espaço é aberto ao público de todas as idades sem necessidade de credenciamento. Cada uma dessas áreas possui programação específica.
NSC na COP
A NSC estará em Belém na próxima semana para trazer as principais informações da COP30 ao catarinense. Com uma cobertura multimídia, você pode acompanhar as notícias pela TV, rádio, internet e jornais impressos do grupo.

