Autoridades do governo de Israel recusaram nesta quinta-feira (26) a proposta feita por Estados Unidos e França de cessar-fogo com o grupo extremista libanês Hezbollah. O ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, afirmou que não haverá um cessar-fogo, e o chanceler Benjamin Netanyahu confirmou que a ideia foi descartada. Número de mortos já ultrapassa 620 desde o início dos bombardeios aéreos e os ataques continuam. As informações são do g1.
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“Não haverá cessar-fogo no norte [de Israel]. Nós vamos continuar lutando contra a organização terrorista Hezbollah com toda a nossa força até a vitória e o retorno seguro dos moradores do norte para suas casas”, afirmou Katz na rede social X.
Ao chegar aos EUA, onde vai discursar na Assembleia Geral das Nações Unidas, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reafirmou que Israel continuará a atacar o Hezbollah em território libanês com “força total” até que os residentes no norte do país possam regressar às suas casas em segurança.
Enquanto a violência só aumenta, as Forças de Defesa de Israel informaram nesta quinta que realizaram um exercício de treinamento de invasão por terra perto da fronteira com o Líbano. “Durante o exercício, as tropas aprimoraram a sua prontidão operacional e logística para vários cenários de combate em território inimigo na frente norte”, diz um comunicado dos militares.
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Israel também afirmou que o chefe do comando aéreo do Hezbollah, Muhammad Hussein Srour, foi morto durante ataques conduzidos no sul da capital libanesa, Beirute.
Bombardeio na madrugada deixa 23 mortos
Ataques aéreos feitos pelas Forças Armadas de Israel mataram ao menos 23 sírios em um edifício da cidade libanesa de Younine, após bombardeiros na madrugada desta quinta-feira (26). Também atingiram cerca de 75 alvos do Hezbollah no Líbano, conforme informações da agência Reuters.
Segundo o prefeito da cidade, Ali Qusas, que foi ouvido pela agência, a maioria das vítimas eram mulheres e crianças que estavam em um edifício de três andares. Além disso, oito pessoas ficaram feridas.
Segundo as Forças Armadas de Israel, instalações de armazenamento de armas e mísseis prontos para uso na região de Bekaa estão entre os locais bombardeados durante os ataques.
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Na quarta-feira (25), o Ministério da Saúde do Líbano confirmou que os ataques israelenses resultaram em 72 mortos e 392 feridos. Desde o início dos bombardeios aéreos, na segunda-feira, até quarta, as autoridades libanesas afirmam que mais de 620 pessoas morreram.
Brasileiros mortos em ataques
Já são pelo menos dois brasileiros mortos durante os ataques de Israel no Líbano. O primeiro caso foi o do adolescente de 15 anos, Ali Kamal Abdallah, que morreu em um bombardeio de tropas israelenses no Líbano nessa quarta-feira (25). Na ocasião, o pai dele, que é libanês com nacionalidade paraguaia, também morreu por conta das explosões. A embaixada do Brasil no Líbano presta apoio à família.
O segundo caso foi divulgado nesta quinta (26) e se trata de Mirna Raef Nasser, de 16 anos, natural de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, conforme informações do UOL. O pai dela, que ainda não teve o nome e nem a cidadania confirmados, também morreu.
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