Em uma conferência nos Estados Unidos, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, fez ataques ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e pediu orações ao pai.

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Durante sua fala, Eduardo afirmou que a denúncia feita nessa semana pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas é infundada. Ele não descartou a possibilidade de uma prisão do ex-presidente.

— O ex-presidente Jair Bolsonaro está em risco de ser preso com as mesmas acusações falsas usadas contra líderes de oposição na Venezuela, Cuba e Nicarágua. Mas não para por aí. O sistema judicial se tornou um instrumento de perseguição em todos os níveis — afirmou.

Eduardo Bolsonaro participava da Conferência de Ação Política Conservadora (Cpac), um dos principais eventos da direita. Nesta quinta, o vice-presidente americano, JD Vance, também discursou no evento.

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— Rezem pelo meu pai. Rezem pelos brasileiros que estão presos agora pelo 8 de janeiro. Estamos pedindo anistia no Congresso e esperamos receber muito apoio de vocês fora do Brasil, porque vocês sabem o que isso significa — disse Eduardo.

O deputado começou o discurso fazendo um alerta para o que chamou de “perigo do uso da Justiça contra decisões políticas”. Cortes americanas têm bloqueado decretos de Donald Trump por feriram a lei e aumentarem o poder do Executivo.

— Eu venho do futuro e sei exatamente como essa história pode terminar. Talvez não do futuro, mas venho do Brasil, que não é tão diferente — declarou.

— Meu país se tornou um laboratório para censura e autoritarismo judicial desde 2019, tem sido usado como campo de testes para a instrumentalização judicial contra conservadores, libertários e cristãos, sempre sob o nobre pretexto de proteger a democracia, combater a desinformação e parar extremistas enquanto na realidade silencia dissidentes, controla narrativas e criminaliza a oposição — completou.

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Eduardo Bolsonaro criticou Alexandre de Moraes

Ele também fez críticas a Alexandre de Moraes, que afirmou ser o responsável por ações classificadas como “censura”. Ele relembrou que foi Moraes quem deu a ordem para bloqueio do X (ex-Twitter) por descumprir ordens judiciais, o que resultou em um atrito com Elon Musk.

— Deixe-me apresentar a vocês um homem chamado Alexandre de Moraes. Ele não é um oficial eleito. Ele é um juiz da Suprema Corte que se deu poder irrestrito para decidir quem pode falar, quem pode concorrer a cargos e até quem pode ir para a prisão sob sua supervisão — afirmou.

Sem provas, também alegou que autoridades americanas teriam forjado junto a investigadores brasileiros documentos de imigração para dizer que Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro, havia viajado aos EUA.

Ele foi um dos denunciados pela trama golpista e preso no ano passado pela alegação de que poderia fugir do Brasil. Ainda, Eduardo afirmou que se Bolsonaro não puder concorrer à eleição no próximo ano, o país poderá “ficar sujeito a forte influência chinesa”.

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*Com informações de Folha de S. Paulo

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