A General Motors anunciou uma nova tecnologia que promete aumentar a autonomia dos veículos elétricos. Trata-se da bateria LMR, que significa “lítio com alto teor de manganês”.

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A GM está estudando esse tipo de bateria desde os anos 1990, acreditando que ela possa ajudar a criar veículos elétricos com maior autonomia e preços mais acessíveis.

Até agora, nenhum carro elétrico foi lançado usando essa bateria devido a problemas técnicos, como menor durabilidade e a perda de capacidade de armazenamento de energia ao longo do tempo. Isso fez com que essas baterias não fossem adequadas para uso em carros de produção.

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Eis que surgiu uma solução!

A GM, em parceria com a LG Energy Solution, superou esses desafios ao desenvolver novas técnicas. Por exemplo, a Chevrolet Silverado EV Work Truck é a picape elétrica com o maior alcance do mercado, podendo percorrer até 792 km com uma única carga. Isso é mais do que a maioria das picapes tradicionais.

A Silverado, com bateria de íons de lítios, se destaca por ter uma das recargas mais rápidas disponíveis, com capacidade de 350 kW, o que significa que ela pode carregar até 7 vezes mais rápido que a maioria dos veículos elétricos.

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Com as baterias LMR, essa picape pode oferecer ainda mais vantagens em termos de custo e eficiência.

A GM e a LG estão se preparando para fabricar baterias LMR em um novo formato retangular para futuros veículos elétricos, incluindo SUVs grandes.

A produção está prevista para começar em 2028 nos EUA, graças à joint venture Ultium Cells. Essa nova tecnologia promete colocar a GM na frente no mercado automotivo.

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Atualmente, a GM já usa baterias NMCA em seus carros elétricos, como o Blazer EV e o Equinox EV. Essas baterias são compostas por níquel, manganês, cobalto e alumínio, o que proporciona uma boa autonomia.

Com a nova bateria LMR, que é plana e retangular, a montadora busca alcançar mais de 640 km de autonomia, além de oferecer uma montagem mais eficiente e custos mais baixos em comparação com as baterias que já estão no mercado.

Veja imagens da bateria e dos modelos

O que se sabe das novas baterias

As pesquisas sobre as baterias LMR começaram na GM em 2015 e se intensificaram em 2020, quando a empresa começou a testar muitos protótipos dessas células em diferentes tamanhos e formatos e mais de 2,2 milhões de quilômetros em testes.

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As baterias LMR são mais econômicas e têm um design mais simples em comparação com as tradicionais.

Enquanto as baterias convencionais contêm cerca de 85% de níquel, 10% de manganês e 5% de cobalto, as LMR têm uma mistura bem diferente: aproximadamente 35% de níquel e 65% de manganês, com quase nada de cobalto. O uso de manganês é vantajoso porque ele é menos caro e mais comum, o que permite produzir células maiores e, ao mesmo tempo, reduzir o número de peças e o custo total do sistema.

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As células LMR conseguem fornecer até um terço a mais de energia do que as baterias LFP, que são populares em veículos elétricos mais acessíveis por serem mais baratas.

O novo design é mais eficiente para veículos maiores, como picapes e SUVs, ajudando a melhorar o desempenho e a economia de energia.

Com essa mudança, o número de peças necessárias para montar o módulo da bateria pode ser reduzido em 75%, e os componentes do sistema como um todo podem ser diminuídos em 50%. Isso não só simplifica a fabricação, mas também pode ajudar a reduzir os custos de manutenção.

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Objetivo é baixar o preço do carro elétrico

As baterias LMR enfrentavam problemas anteriores de durabilidade e perda de capacidade. No entanto, a GM conseguiu resolver essas questões utilizando novas formulações químicas, revestimentos especiais em componentes e melhorias na fabricação.

Assim, as novas células LMR oferecem uma vida útil e um desempenho que se igualam aos das baterias de alto teor de níquel, mas a um custo bem mais acessível.

No centro de inovação de células de bateria da GM, em Michigan, uma equipe está dedicada a desenvolver essas baterias, garantindo que o custo e o desempenho sejam equilibrados e assim reduzir drasticamente o preço dos carros elétricos.

Perto desse centro, um novo espaço para desenvolvimento de células está sendo construído, com o objetivo de acelerar a transição de experimentos laboratoriais para a produção em grande escala.

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Isso é promissor, pois indica que inovações tecnológicas podem se tornar rapidamente disponíveis para o público, melhorando a oferta de veículos elétricos no mercado.

Por Lucia Camargo Nunes da @viadigitalmotorsoficiaL

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