O corpo de Juliana Marins, brasileira que morreu ao cair de um penhasco na Indonésia, passará por uma nova autópsia na manhã desta quarta-feira (2) no Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro. O motivo de um segundo exame, segundo a defensora Taísa Bittencourt Leal Queiroz, responsável pelo pedido, é a “ausência de esclarecimento sobre a causa e o momento exato em que a vítima morreu”. As informações são do g1.

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Os pais da brasileira conseguiram na Justiça Federal, com apoio da Defensoria Pública da União, a realização da nova autópsia. O exame será feito por peritos da Polícia Civil, com a presença de um perito federal e de um representante da família. 

— Precisamos saber se a necropsia que ele fez foi bem-feita. Me pareceu que o hospital não dispõe de tantos recursos assim — disse o pai de Juliana, Manoel Marins, em entrevista à TV Globo. 

A Defensoria Pública da União também enviou um ofício pedindo que a Polícia Federal instaure um inquérito para investigar o caso.

Relembre o caso Juliana Marins

Primeira autópsia

A primeira autópsia no corpo de Juliana Marins foi feita ainda na Indonésia, no dia 26 de junho, depois que o corpo foi retirado do Parque Nacional do Monte Rinjani. Na ocasião, o laudo revelou que a publicitária morreu devido a um trauma contundente que resultou em danos a órgãos internos e hemorragia.

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— Encontramos arranhões e escoriações, bem como fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa. Essas fraturas ósseas causaram danos a órgãos internos e sangramento — detalhou o especialista forense Ida Bagus Alit, responsável pela autópsia.

O médico também disse que é difícil determinar a hora exata da morte devido a vários fatores, incluindo a transferência do corpo da Ilha de Lombok, onde se localiza o Monte Rinjani, para Bali, dentro de um freezer. A viagem levou várias horas.

— No entanto, com base em sinais observáveis, estima-se que a morte tenha ocorrido logo após os ferimentos — afirmou.

O profissional falou que não havia sinais de hipotermia, pois não havia ferimentos tipicamente associados à condição, como lesões nas pontas dos dedos.

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Relembre o caso

Juliana Marins caiu de um penhasco no sábado (21), enquanto fazia uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. A morte foi confirmada na terça-feira, após quatro dias de buscas. A operação de resgate era considerada complexa, devido à neblina densa e ao terreno acidentado do local.

O corpo foi resgatado do penhasco na quarta-feira (25). De acordo com o laudo, divulgado na última sexta-feira (27), a jovem morreu devido a um trauma contundente que resultou em danos a órgãos internos e hemorragia. Juliana será velada e sepultada em Niterói, em data ainda não marcada.

A jovem era formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e também atuava como dançarina de pole dance. Desde fevereiro, ela fazia um mochilão pela Ásia, tendo passado por Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia.

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