O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que a adoção do E30, uma mistura de 30% de etanol anidro à gasolina, pode reduzir o preço do combustível e tornar o Brasil independente da importação de gasolina.

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Os testes realizados pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) comprovaram a viabilidade técnica da nova mistura, que pode diminuir o custo da gasolina em até R$ 0,13 por litro, ajudando no controle da inflação.

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A transição do E27 (atualmente com 27% de etanol na gasolina) para o E30 deve evitar a importação de 760 milhões de litros de gasolina anualmente, aumentando em 1,5 bilhão de litros a demanda por etanol e resultando em um investimento de R$ 9 bilhões no setor.

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Além disso, a nova mistura ajudará a reduzir em 1,7 milhão de toneladas as emissões de gases de efeito estufa por ano.

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Os testes foram validados por entidades do setor automotivo e a proposta de ampliação da mistura será levada ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) ainda este ano.

— Os testes confirmaram que o E30 é viável tecnicamente. É o resultado dos estudos conduzidos pelo nosso Instituto Mauá. Estudos acompanhados pela sociedade e pelos setores, acompanhados de perto por Anfavea, Sindipeças, Abraciclo, Abeifa e outros representantes. O E30 é seguro para as frotas de duas e quatro rodas. Ele não prejudica o desempenho dos veículos, muito pelo contrário — enfatizou o ministro.

A adoção do E30 promete também reduzir em 1,7 milhão de toneladas a emissão de gases de efeito estufa por ano, o que equivale retirar 720 mil veículos das ruas anualmente.

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Problemas com o aumento de etanol

O que o ministro Silveira não comentou é a provável redução de autonomia dos veículos, já que o aumento do combustível vegetal tem um menor poder calorífico, ou seja, 1 litro de etanol tem menos energia que 1 litro de gasolina.

Também não há garantia de que o etanol vai manter o preço e será vantajoso, principalmente em períodos de entressafra, quando costuma ter valor elevado.

Um levantamento recente da Veloe indicou que 42% da frota de veículos no Brasil é de veículos flex, enquanto os modelos movidos apenas a gasolina representam 40%. Para a maioria desses que “bebem” apenas o combustível fóssil, um teor de 30% de etanol pode representar não apenas o aumento de consumo, como um desgaste prematuro do sistema de bomba e bicos injetores.

Esses carros, principalmente os importados, que não foram projetados para receber essa proporção de etanol na gasolina podem ter componentes prejudicados e requerer uma revisão antecipada.

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Por Lucia Camargo Nunes da @viadigitalmotorsoficial

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