Lideranças do Partido Liberal (PL) indicaram que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, estaria disposto a deixar o grupo pela falta de estrutura. As informações são do blog da Andréia Sadi, do g1.
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Boatos sobre a saída de Eduardo Bolsonaro vieram à tona nos últimos dias. O deputado federal é alvo de denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por coação em processo judicial, apresentada na semana passada. Ele teria atrapalhado o processo sobre golpe de estado.
Eduardo Bolsonaro estaria incomodado também com os recursos investidos no PL mulher, atualmente liderado por Michelle Bolsonaro. A atitude é vista com reprovação por membros do partido, visto que a frente feminina teria se tornado uma “potência” no PL.
Eduardo Bolsonaro vai sair do PL?
Ou seja, Eduardo Bolsonaro estaria procurando mais espaço para construir o nome de sucessor de Jair Bolsonaro. A ação possivelmente seria apoiada pela ala mais radical do PL, composta por cerca de 30 deputados federais, segundo o g1.
Ainda não há confirmações de que Eduardo Bolsonaro vá deixar de fato o PL. No entanto, é esperado que, caso ele deixe o partido, busque apoio no Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB).
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“Na impossibilidade de Jair, eu sou candidato”
O deputado afirmou que será candidato à presidência da república caso o pai não consiga de fato estar nas eleições de 2026. A fala foi feita em entrevista ao Contexto Metrópoles.
— Eu sou, na impossibilidade de Jair Bolsonaro, candidato a presidente da República. Por isso que o sistema corre e se apressa para tentar me condenar em algum colegiado, que seja na Primeira Turma do STF, para tentar me deixar inelegível — falou Eduardo Bolsonaro em entrevista.
Eduardo Bolsonaro pode ser cassado
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), barrou a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL) para a liderança da minoria. A informação consta no Diário Oficial da Câmara de terça-feira (23).
Sem ser líder da minoria, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro seguirá tendo faltas computadas e deve perder o mandato. Isto porque o parlamentar não pode ter mais do que um terço de ausências não justificadas em sessões deliberativas. Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde fevereiro.
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Segundo Motta, entre as obrigações de um parlamentar está a de frequentar presencialmente o Congresso Nacional. O registro remoto, embora possível, é exceção permitida apenas a deputados que estão em missão autorizada para representar a Casa.
*Sob supervisão de Kássia Salles
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