O governador Jorginho Mello (PL), empossado no cargo neste domingo (1º), deve enfrentar desafios já nos primeiros dias à frente do Executivo de Santa Catarina. Temas como o reajuste do salário do governador e de secretários, a eleição na Alesc e a sequência de projetos do Plano 1000 devem exigir definições do novo governante já nos primeiros dias de exercício.
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Confira abaixo assuntos que devem estar entre os primeiros desafios do novo governador.
Salário do governador
Um dos primeiros posicionamentos que o novo governador deve ter que tomar é sobre o aumento no salário do próprio cargo, da vice e de secretários de Estado. No fim de 2022, a Assembleia Legislativa aprovou um projeto que reajusta os valores pagos a esses cargos para R$ 25,3 mil, o mesmo valor recebido pelos deputados estaduais de SC. Hoje, o governador recebe R$ 15 mil; a vice, R$ 12 mil; e secretários, R$ 10 mil.
Apesar de ter sido aprovado pela Alesc, o projeto foi enviado para sanção do governador. O ex-chefe do Executivo, Carlos Moisés (Republicanos), informou que deixaria a decisão sobre esse assunto para o novo governo. Com isso, Jorginho tem prazo de até 15 dias úteis após o recebimento para sancionar ou vetar a proposta. O envio do texto pela Alesc ao gabinete do governador ocorreu em 22 de dezembro, o que conferiria um prazo até a metade deste mês. Caso não se manifeste nesse período, a proposta é sancionada.
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Eleição e apoio na Alesc
Outro assunto que deve exigir atenção do governador neste início de governo é a articulação para a definição da nova mesa diretora da Assembleia Legislativa. O PL, partido do governador e que tem 11 deputados estaduais eleitos, foi isolado após a formação de um grande bloco envolvendo siglas como MDB, PSDB e PSD. Com isso, a legenda tenta negociar com partidos para garantir apoio às propostas do governo, assegurando governabilidade a Jorginho.
Como a eleição na Alesc ocorre só em 1º de fevereiro, é possível que essas articulações se estendam ao longo do mês de janeiro. O deputado Ivan Naatz, líder do PL na Alesc, já afirmou que alguns secretários poderiam acumular pastas neste início de gestão, reservando espaços no governo a serem destinados aos partidos que embarcarem no projeto de Jorginho e do PL. A pasta de Infraestrutura, por exemplo, já teve nomes do MDB cotados para assumi-la, mas não teve nome indicado pelo governador até o momento.
Plano 1000
A continuidade de obras e projetos do chamado Plano 1000, criado no governo Moisés, também deve ser outro assunto a ocupar o início de gestão de Jorginho Mello. Segundo o deputado estadual Maurício Eskudlark (PL), o novo governador tem dito que as obras que estão em andamento terão continuidade, mas que os projetos ainda não iniciados devem passar por uma reavaliação. Essa reanálise deve ser uma das tarefas no novo governo no decorrer as primeiras semanas de governo, à medida em que os pedidos por novos empenhos de recursos ligados ao projeto chegarem ao Executivo.
Saúde
Uma área em que o governador tem prometido atuar logo no início do governo é a saúde. O tema foi explorado por Jorginho ao longo da campanha, com foco em problemas como a fila de cirurgias eletivas. Neste início de governo, ele promete ações como um mutirão para realizar procedimentos e zerar a espera. Em entrevista à NSC TV há 10 dias, o chefe do Executivo informou que a nova secretária da pasta, a deputada federal reeleita Carmen Zanotto (Cidadania), já estaria definindo estratégias como parcerias com hospitais filantrópicos. Segundo a equipe do governo anterior, atualmente há 101 mil pessoas na fila de espera da saúde em SC.
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