No fundo do rio que separa Itajaí e Navegantes, no Litoral Norte de Santa Catarina, repousa uma estrutura de ferro e madeira coberta por lama: os restos do navio Pallas, naufragado há 131 anos durante a Revolta Armada. Apesar de seu valor histórico, os destroços — partidos ao meio — dificultam a navegação de grandes embarcações no canal do terceiro maior porto de contêineres do país. A retirada está prevista após estudos e licenças ambientais.

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Construído na Inglaterra em 1891, o Pallas era moderno para a época e fazia a rota entre Rio de Janeiro e Buenos Aires, com paradas em Itajaí. Afundou em 25 de outubro de 1893, possivelmente após o comandante se recusar a apoiar os revoltosos que tentavam derrubar Floriano Peixoto. Após o naufrágio, foi saqueado e perdeu objetos de valor.

Infográfico fornece mais informações sobre a embarcação

Revolta Armada

Foi um movimento militar ocorrido entre 1893 e 1894, liderado por setores da Marinha brasileira contrários ao governo de Floriano Peixoto, então presidente da República. Os revoltosos exigiam novas eleições, alegando que Floriano assumira o poder de forma ilegítima após a renúncia de Deodoro da Fonseca. A rebelião teve episódios marcantes no Rio de Janeiro e em Santa Catarina, com confrontos navais e bombardeios. Apesar da força dos insurretos, o governo conseguiu sufocar a revolta, consolidando a autoridade do regime republicano recém-instalado no Brasil.

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