Você provavelmente já usou o Chat GPT ou, ao menos, ouviu alguém comentando sobre ele nos últimos tempos, certo? O assistente virtual inteligente da OpenAI está no hype e é um dos temas centrais quando o assunto é inteligência artificial. Com a tecnologia “tomando conta” de tantas áreas da sociedade, esse tópico não ficou de fora do maior encontro de criatividade da América Latina: o Rio2C.
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Florianópolis, “Ilha do Silício” e de oportunidades
Com painéis, workshops, pitchings, rodadas de negócios, masterclasses, ativações e experiências imersivas, o evento, que encerrou no último domingo (16), reuniu mais de 500 painéis e mil palestrantes convidados. A edição de 2023 trouxe grandes nomes nacionais e internacionais de diferentes segmentos do mercado para falar sobre a retomada da cultura, inovações tecnológicas, iniciativas sustentáveis, o futuro da comunicação – e, claro, sobre como as máquinas vêm se tornando cada vez mais inteligentes e o impacto desse avanço na sociedade.
Afinal, as máquinas vão ser autoconscientes?
Essa frase foi a provocação inicial do painel “As novas fronteiras da inteligência artificial” – um dos muitos sobre o tema no Rio2C – que reuniu cientistas brasileiros especialistas em tecnologia. E, apesar da resposta ainda não ser conclusiva, há uma grande probabilidade de alcançar o que se denomina como “momento de singularidade” entre inteligência artificial e inteligência humana. Ou seja, um momento em que haverá uma sinergia entre a capacidade de resposta humana e da máquina para determinadas situações.
Entretanto, o que foi unanimidade entre os especialistas é que, caso isso aconteça – ou melhor, quando acontecer – não haverá motivos para pânico, medo ou até mesmo resistência. Isso porque as habilidades de resposta e reação através da IA são programadas através da força humana e a aplicabilidade também deve passar por nós, principalmente em situações que exijam a linguagem semântica como ferramenta. Mas, vamos do início.
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Como funciona o Chat GPT
O assistente virtual que viralizou recentemente está em constante atualização, mas, para quem já utilizou a ferramenta, se surpreende com a capacidade de dialogar normalmente, realmente dando a impressão de que está conversando com uma pessoa. Isso acontece graças ao grande banco de dados inseridos no sistema, que cria “sinapses” – ligações bem semelhantes às que nós, humanos, fazemos com as conexões neurais, baseados em experiências – para gerar respostas otimizadas.
De acordo com o painelista Fernando Martins, especialista em transformação digital, a “ingestão” dessas informações no Chat GPT funciona como o sistema neural. São apresentadas situações e possibilidades de conexões entre elas. Agora, imagine isso multiplicado milhões e milhões de vezes no caso do assistente virtual da OpenAI – o que o torna tão surpreendente, principalmente para quem ainda não tinha tido um contato tão próximo com a inteligência artificial.
Muitos dados, pouco filtro
Ainda que o Chat GPT possa parecer seu melhor amigo ao dar conselhos precisos sobre determinada situação, ou compartilhe uma ótima receita que aflore uma memória afetiva, essa inteligência ainda conta com o treinamento e acompanhamento humano.
Para o também painelista Fábio Gandour, ex-cientista-Chefe da IBM Brasil, médico e PhD em Ciências da Computação, é preciso, sobretudo, desafiar as máquinas.
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“Experimente questionar o assistente virtual com dúvidas de semântica, de ambiguidade… Isso gera confusão, pois precisa-se de contexto. Ou seja, precisa da capacidade da mente humana de compreensão, e isso não é – por hora – possível de ensinar. Assim como a empatia”, provocou o cientista.
“Vamos voltar a ser humanos e deixar as máquinas como máquinas”
São inúmeras as ferramentas e inovações que tornam mais fácil a vida cotidiana das pessoas – seja no aspecto profissional ou pessoal. E não é diferente com a chegada do Chat GPT.
É possível utilizar desses meios para otimizar o tempo, fazer produções em grande escala… E, então, aproveitar a capacidade de criar – característica da espécie humana – se potencializar cada vez mais.
“Vamos voltar a ser humanos e deixar as máquinas como máquinas”, convidou Joice Niskier, moderadora do painel e consultora em empresas de grande porte na área de treinamentos em comunicação.
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Sobre o Rio2C
O Rio2C é o maior encontro de criatividade e inovação da América Latina. Desde a primeira edição – em 2010, o evento é referência no mercado e apresenta debates importantes sobre diferentes nichos, como tecnologia, saúde, arte, cultura e tendências.
Nesta edição, grandes nomes como o cantor Gilberto Gil, a apresentadora Fátima Bernardes, Christian Gabela (vice-presidente sênior para a América Latina da Gaumont), Hugh Forrest (presidente e diretor de programação do SXSW) e os criadores das séries alemãs Dark e 1899, Baran bo Odar e Jantje Friese marcaram presença.
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