A Palmitoiletanolamida, conhecida como PEA, é uma substância presente em alguns alimentos, como a gema do ovo e tem se mostrado eficaz em testes para o tratamento de diversas doenças. Já que tem efeitos analgésicos e anti-inflamatórios, a PEA pode ajudar desde pacientes com gripe até quadros de esclerose múltipla.
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O trabalho com a Palmitoiletanolamida (PEA) tem potencial para mudar a medicina como conhecemos hoje. Por isso, o Dr. Fabrício Pamplona da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em artigo no The Conversation detalha esse composto e seus possíveis uso.
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O que é Palmitoiletanolamida (PEA)?
De acordo com Pamplona, a PEA é uma substância que foi descoberta há mais de 60 anos como um nutriente biologicamente ativo. Ela está presente em vários alimentos distintos, como gema de ovo e lecitina de soja, por exemplo. Além disso, a substância imita de certo modo os efeitos do canabidiol. Pelos seus efeitos terapêuticos na dor e na inflamação, a PEA tem sido cada vez mais estudada.
Em quais alimentos está presente?
O professor cita que a PEA está presente em alimentos como:
- Gema de ovo;
- Farinha de Amendoim;
- Lecitina de Soja.
Como a substância foi isolada?
O Dr. Pamplona da UFSC destaca que a Palmitoiletanolamida (PEA) conseguiu bloquear uma reação alérgica grave em porquinhos-da-índia, algo que foi o primeiro indício de benefício. Posteriormente, o médico americano Alvin F.Coburn, demonstrou que alimentar crianças infectadas com a bactéria estreptococo com gemas secas evitava a febre reumática, o que foi o motivo inicial para que esse composto ser isolado.
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Depois disso, a PEA foi finalmente isolada e lançada no mercado dos Estados Unidos na década de 1960 sob o nome de Impulsin, usado para tratar gripes e resfriados.
Efeitos do PEA no corpo humano
Pamplona aponta que Palmitoiletanolamida é sintetizada por diversas células, indo desde as células do Sistema Imunológico até as células de glia, que são as do Sistema Nervoso Central. Portanto, além de ser usado como remédio para gripes e resfriados tal qual no início, ele é um neuroprotetor e até alivia dores.
Estudos citados no artigo apontam que quem tomou a PEA teve uma diminuição progressiva e significativa da dor, além de nenhum efeito adverso nos 12 estudos analisados pelo trabalho que o professor suscita. Já no caso de doenças neuro-degenerativas como Mal de Parkinson e AVC, estudos citados demonstram uma diminuição significativa dos sintomas motores e não motores e uma melhoria nas habilidades cognitivas.
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Semelhança com Cannabidiol
Por fim, o artigo do Dr. Pamplona aponta que a Palmitoiletanolamida consegue mimetizar os efeitos do cannabidiol (CBD) no corpo humano. Então, ela imita os efeitos dos cannabinoides que estão em nosso corpo, mas também os da própria planta Cannabis, que atualmente gera bastante debate no Brasil.
*Texto adaptado de artigo publicado no The Conversation, sob o domínio de Creative Commons.
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