O Instituto de Criminalística da Polícia Científica de São Paulo confirmou que o metanol encontrado em garrafas de bebidas alcoólicas apreendidas durante fiscalizações recentes foi adicionado de forma deliberada. A substância não é resultado da destilação natural, o que indica a adulteração dos produtos. As informações são do g1.

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A análise foi realizada em dois grupos de garrafas recolhidas na capital paulista. Informações sobre a quantidade de garrafas analisadas e locais onde os objetos estavam não foram divulgadas.

Segundo o Instituto, as concentrações de metanol estavam acima do permitido pela legislação brasileira, o que reforça a suspeita de contaminação proposital. Os laudos foram encaminhados à Polícia Civil para subsidiar as investigações em andamento.

Como é confirmada a presença do metanol

A força-tarefa criada pelo Instituto de Criminalística na última sexta-feira (3) tem trabalhado 24 horas por dia na análise das amostras. O processo inclui a verificação das embalagens para identificar sinais de rompimento ou reaproveitamento, além da análise documentoscopica de rótulos e lacres.

Em seguida, os líquidos são processados em equipamentos que separam os componentes da bebida, permitindo a detecção precisa do metanol. Desde o início das operações, em 29 de setembro, cerca de 16 mil garrafas foram apreendidas em São Paulo.

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Casos de bebidas com metanol no Brasil

De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde, divulgado na segunda-feira (6), o Brasil já contabiliza 17 casos confirmados de intoxicação por metanol. Ao todo, foram registradas 217 notificações relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas, sendo que 200 ainda estão em investigação.

As autoridades alertam a população para que compre bebidas alcoólicas apenas em estabelecimentos confiáveis, verifique a integridade das embalagens e desconfie de preços muito abaixo do mercado.

O que acontece quando ingerimos álcool?

*Sob supervisão de Luana Amorim

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