A Polícia Civil de Santa Catarina aguarda a conclusão de três laudos que podem elucidar o caso do casal encontrado morto em um motel em São José, na Grande Florianópolis, na última segunda-feira (11). O policial militar Jefferson Sagaz e da esposa dele, a empresária Ana Carolina Silva, foram localizdos dentro de uma banheira, sem sinais de violência e sem indícios de choque elétrico. O laudo necroscópico, divulgado na sexta-feira (15), apontou causa da morte como inconclusiva.

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Agora, o delegado Felipe Simão, responsável pelo caso, aguarda um laudo complementar à necrópsia que irá verificar a biologia e hepatologia nos órgãos internos das vítimas. O intuito é identificar o possível uso de alguma substância que tenha causado a morte do casal. O prazo inicial é de 10 dias — ou seja, termina na quinta-feira (21) —, mas pode ser prorrogado.

A polícia também solicitou duas perícias de engenharia (que avaliam a estrutura do motel): uma sobre a ventilação e outra sobre a estrutura elétrica. O intuito é descartar as possibilidades de vazamento de gás e choque elétrico.

Segundo o delegado, uma primeira análise do local da morte não deu indícios de choque elétrico.

— Foi solicitada uma perícia de engenharia para analisar todo o contexto que envolve a estrutura do motel. Mas visualmente, na forma como os corpos foram localizados, isso poderia ser identificado visualmente pelos próprios peritos, e isso não foi feito. Então essa hipótese foi colocada em segundo plano — disse o delegado.

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A principal hipótese é de que o casal tenha morrido por morte acidental, possivelmente uma intoxicação. No entanto, a hipótese de homicídio só poderá ser totalmente descartada após a conclusão de todos os exames periciais, conforme a Polícia Civil.

O que diz o primeiro laudo necroscópico

Os laudos necroscópicos, feitos separadamente em cada corpo, revelaram que não houve traumas por ação mecânica, ou seja, não havia sinais de trauma no casal. Isso significa que, provavelmente, não houve agressão, de acordo com a Polícia Civil.

Entretanto, os órgãos internos foram encontrados em alta temperatura. Essa é uma condição anormal, conforme explicou a Polícia Civil, e pode ter diversas causas.

O que se sabe sobre o caso

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