Um policial militar que matou um homem desarmado durante uma abordagem foi absolvido pelo Tribunal do Júri realizado na última terça-feira (1º). O agente teria atirado achando que a vítima estava armada. Depois, após vistoria da Polícia Científica, foi verificado que o jovem de 21 anos não portava arma.
Continua depois da publicidade
O caso aconteceu durante uma abordagem na tarde do dia 27 de janeiro de 2020, na Rua Cláudio Lopes, bairro Aventureiro. O jovem estava em uma motocicleta do mesmo modelo de um veículo envolvido em uma tentativa de homicídio.
Diante da suspeita, o motociclista foi abordado. Durante a ação policial, os militares teriam pedido que o jovem descesse da moto e colocasse as mãos na cabeça e ficasse de costas.
Segundo a versão dos policiais, a vítima teria desobedecido a ordem ao colocar as mãos na cintura. Ao ver a cena, o policial réu no julgamento achou que o jovem sacaria uma arma e atirou contra ele nas costas. Por outro lado, a denúncia do Ministério Público indica que o laudo pericial afirmou que o homem foi encontrado com as mãos na cabeça.
Conforme a defesa do réu, representado pelo advogado Claudio Dalledone Junior, a vítima estava de fato desarmada, mas o policial, pelas circunstância da ocorrência e pela desobediência do abordado, imaginou que ele sacaria uma arma de fogo e atiraria contra a guarnição policial.
Continua depois da publicidade
A partir das alegações de acusação e defesa, o tribunal do júri reconheceu a materialidade e autoria do crime, entretanto, acatou a tese da defesa e ele foi absolvido por legítima defesa putativa, que ocorre quando o acusado acredita que pode sofrer um ataque e reage diante disso, mesmo que não seja real.
Veja quem são os criminosos mais procurados de Santa Catarina
Leia também
Morador é surpreendido por homem desconhecido “hospedado” em sua casa em SC
Mulher leva a melhor em luta após homem atirar pedras em loja de SC; veja vídeo
Quem é o sócio que matou corretores por dívida de R$ 25 mil em Balneário Piçarras