O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) enfrenta um processo de cassação do mandato na Câmara dos Deputados. Nesta quarta-feira (9), o Conselho de Ética aprovou o pedido de cassação, por 13 votos a 5. Agora, o plenário da Casa vai decidir se o parlamentar deve ou não perder o mandato, além de correr o risco de ficar inelegível por até oito anos. A análise em plenário deve ocorrer em até 90 dias, mas antes disso Glauber deve apresentar um recurso à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
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Glauber dormiu no chão da sala em que o Conselho de Ética aprovou o pedido de cassação e anunciou que fará greve de fome enquanto os parlamentares não decidirem o futuro do caso.
— Estou em jejum no dia de hoje e vou permanecer sem alimentação como uma forma de denúncia e como uma tática de enfrentamento radical ao que está acontecendo — disse o parlamentar nas redes sociais.
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Por que Glauber Braga pode ser cassado?
O processo de cassação do deputado Glauber Braga se deve a uma acusação de ter agredido e expulsado da Câmara um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), Gabriel Costenaro. O caso ocorreu em abril do ano passado e foi filmado por quem estava nos corredores da Casa. A acusação contra o deputado é de quebra de decoro, e a denúncia foi apresentada pelo Partido Novo.
Costenaro participava de uma manifestação de motoristas de aplicativo quando teria sido empurrado e expulso da Câmara por Glauber Braga. O parlamentar do PSOL alega que ele teria reagido a provocações do integrante do MBL. Após a discussão, Glauber também bateu boca com o deputado Kim Kataguiri (União).
Glauber era crítico do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e acusa do ex-chefe da Câmara de influenciar o processo de cassação no Conselho de Ética.
Para que Glauber Braga seja cassado, é preciso que haja o voto da maioria absoluta da Câmara, o equivalente a 257 deputados. Se esse número não for alcançado, o caso é arquivado e o parlamentar do PSOL permanece com o mandato.
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Caso Glauber seja cassado, a suplente da coligação mais votada foi a ex-senadora Heloísa Helena (Rede-RJ).
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