O tradicional desfile cívico-militar do Dia da Independência, neste domingo (7) na Beira-Mar Continental em Florianópolis, terá monitoramento com câmeras de reconhecimento facial. A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) instalou 10 câmeras com inteligência artificial ao longo da orla para testar a viabilidade técnica do Projeto de Reconhecimento Facial (ProRef).
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De acordo com a SSP, esta é mais uma fase de testes do sistema, que já foi usado durante o Carnaval de Florianópolis, a Festa do Pinhão em Lages e o aniversário de Balneário Camboriú. Segundo a pasta, esses testes anteriores resultaram em mais de 15 prisões e identificação de pessoas desaparecidas.
O secretário de Segurança Pública, coronel Flávio Graff, informou que o objetivo é “ampliar a capacidade de cobertura e de resposta rápida das forças de segurança”. De acordo com ele, apenas a divulgação do uso da tecnologia já teria causado “redução significativa nos índices de criminalidade” durante os eventos onde foi testada:
— Em breve, o reconhecimento facial, por meio de câmeras com inteligência artificial, será realidade em todos os municípios catarinenses. O projeto já está em fase de licitação e esperamos iniciar a instalação dos equipamentos ainda antes do verão — delcarou, em comunicado divulgado à imprensa.
Após as comemorações do 7 de setembro, os próximos testes de viabilidade técnica estão programados para a Oktoberfest em Blumenau e para a Schützenfest, em Jaraguá do Sul.
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Como funciona o reconhecimento facial
O sistema deve ficar interligado às câmeras, e identifica o rosto das pessoas que possuem restrição de circulação. A partir da identificação, o sistema alerta a polícia sobre o mandado de prisão ativo ou, ainda, com cadastro na rede de desaparecidos.
Dessa forma, a central de emergência aciona a guarnição que estiver mais próxima da câmera de segurança, com a abordagem pela equipe em seguida. Pode ser feita a prisão ou notificação, no caso de pessoas desaparecidas.
De acordo com o governo, o projeto irá implantar inicialmente o sistema em 60 municípios com mais de 26,5 mil habitantes. A previsão é instalar mil câmeras nessa primeira fase.O projeto também prevê a construção de 10 centros de processamento em todo o Estado. Posteriormente, a iniciativa deve ser expandida para todo o território catarinense.
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