O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, e a vice-presidente eleita, Kamala Harris, tomaram posse de seus cargos nesta quarta-feira (20) na Casa Branca, em Washington. O juramento feito por Biden e Kamala em frente à fachada oeste do Capitólio começou pouco antes das 12h no horário local (14h de Brasília). 

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A cerimônia teve uma mudança nos protocolos por conta da pandemia de Covid-19 e também porque ocorreu duas semanas após os atos pró-Trump que motivaram uma invasão ao Capitólio e deixaram cinco mortos. Diferente das posses anteriores, que contaram com cerca de 200 mil pessoas, a cerimônia deste ano teve público limitado, com apenas 1 mil convidados.

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Além dos protocolos de saúde, o evento teve um rígido esquema de segurança, controlado pelo Serviço Secreto dos EUA. Mais de 15 mil homens da Guarda Nacional se juntaram a outros milhares de policiais e agentes responsáveis por manter a comitiva do presidente.

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Biden fala em união dos EUA

Em discurso reforçando a reconciliação, Biden citou o momento como um “ato de união dos EUA”. Disse ainda que “a política não tem que ser incendiária”, destacando que as diferentes opiniões não podem separar os americanos, pois isso enfraquece a democracia do país.

“Eu serei o presidente de todos os americanos. E eu lutarei tanto para os que me apoiaram, quanto para os que não me apoiaram”, declarou Biden.

O presidente também falou que pretende retomar alianças com outros países. “Os Estados Unidos passaram por um teste e nós voltamos mais fortes ainda. Nós recuperamos nossas alianças e vamos nos reunir com o mundo novamente”, disse ele.

No final do discurso, Biden pediu um momento de silêncio a todas as vítimas da pandemia de Covid-19, e reforçou: “vamos combater a pandemia como uma nação única”.

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Trump se despede da Casa Branca

Donald Trump deixou a Casa Branca às 8h15 (10h15 em Brasília), pela última vez como presidente dos Estados Unidos. Ele não participou da cerimônia de Posse de Biden, quebrando uma tradição centenária que simboliza a troca pacífica de poder.

Biden e Trump não se cumprimentaram oficialmente deste a eleição do democrata, em novembro. Trump ficou semanas dizendo que não reconhecia a derrota nas urnas e demorou a admitir que teria de deixar o cargo. 

Ele tentou mudar o resultado da votação ao longo de dois meses, e só parou depois que seus apoiadores invadiram o Congresso dos EUA. A incitação a esta invasão motiva um processo de impeachment contra Trump, aprovado na Câmara e à espera de análise no Senado, que deverá ocorrer após ele deixar o poder.

Em seu último discurso como presidente, Trump disse que, se não fosse a pandemia, os números da economia seriam ainda melhores. Segundo ele, os EUA fizeram um “milagre médico” em desenvolver duas vacinas contra a Covid-19 em tão pouco tempo: “Fizemos em 9 meses o que levaria 9 anos”.

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No discurso, ele não citou Biden, mas desejou sorte e sucesso ao novo governo: 

“Como dizem os atletas, nós demos tudo em campo. Não poderíamos ter feito um trabalho mais duro. Eles [governo Biden] terão uma boa base para fazer coisas. Nós próximos meses, haverá bons números na economia. Lembrem-se de nós.

Antes de embarcar no Air Force One com destino à Flórida, Trump disse: “Voltaremos de alguma forma”.