A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, preso preventivamente após tentar violar a tornozeleira eletrônica, tem até 16h30min deste domingo (30) para explicar a violação do equipamento com um aparelho de solda, confessado pelo próprio político, ao Supremo Tribunal Federal (STF). No horário estipulado, termina o prazo de 24 horas estipulado pelo ministro Alexandre de Moraes para a manifestação dos advogados.
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O prazo começou a correr a partir da apresentação de um relatório pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seape) do Distrito Federal, que mostra um vídeo onde o equipamento aparece danificado, queimado. No registro, Bolsonaro afirmou que tentou abrir o dispositivo com um ferro de solda.
A prisão de Bolsonaro foi ordenada a partir de um pedido da Polícia Federal. Neste domingo, a prisão foi mantida após uma audiência de custódia. Na sessão, ele alegou que a tentativa de violar a tornozeleira eletrônica foi em razão de um “surto”, causado por medicamentos.
“Depoente [Bolsonaro] afirmou que estava com ‘alucinação’ de que tinha alguma escuta na tornozeleira, tentando então abrir a tampa”, diz a ata da audiência, protocolada pela juíza auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, Luciana Sorrentino.
Bolsonaro disse ainda que “não se lembra de ter um surto dessa natureza em outra ocasião”, e que o episódio pode ter sido provocado por um medicamento novo.
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Próximos passos
Na segunda-feira, a decisão de Moraes será analisada pelos ministros da Primeira Turma do STF. Os magistrados terão das 8h às 20h para votar se referendam ou não a decisão de Moraes.
Se os ministros entenderem a legalidade na decisão de Moraes, a prisão preventiva poderá ser mantida por tempo indeterminado. Ou seja, enquanto a Justiça entender que ela é necessária, sendo reavaliada a cada 90 dias.
O que levou à prisão de Bolsonaro
*Com informações do O Globo e do g1










