Nesta segunda-feira (22), ao divulgar o maior número de internações em UTIs devido ao novo coronavírus desde o início da pandemia em Blumenau, o prefeito Mário Hildebrandt e o secretário de Saúde, Winnetou Krambeck, sinalizaram que medidas mais restritivas podem ser adotadas em breve. O alerta chega após a cidade registrar aumento de ocupação em leitos hospitalares e no número de infectados (1.530 conforme último boletim municipal). 

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Nesta segunda havia 21 pessoas internadas, entre casos suspeitos e confirmados. É quase metade dos 43 espaços disponíveis para pacientes com Covid-19.

— Temos visto os desafios de outras cidades e alguns desses desafios se aplicam a nós. Se não houver um controle, podemos em breve tomar decisões que não são do nosso agrado — disse o prefeito.

Hildebrandt, porém, ressaltou que não há nenhuma definição sobre quais seriam essas ações. A comissão técnica formada para auxiliar no enfrentamento da pandemia, liderada por Krambeck e que tem diversos profissionais da saúde e servidores envolvidos, deve elaborar uma análise nos próximos dias. Com base nela o chefe do executivo blumenauense pode intensificar as medidas de prevenção.

Algumas prefeituras anunciaram nessa segunda novas restrições ao comércio e outros setores como forma de desacelerar o avanço da doença. No Vale do Itajaí, o município de Itajaí é o mais afetado, com 29 mortes e o primeiro lugar do estado em número de casos. Conforme Hildebrandt, pacientes do litoral já precisaram dos hospitais de Blumenau, sinal de que é preciso olhar para as outras cidades da região ao gerenciar a crise no município.

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Entre os 21 internados em UTI, três aguardam o resultado dos exames para a confirmação do diagnóstico e cinco são de cidades vizinhas.

“Relaxamento”

O secretário voltou a enfatizar a falta de cuidados de parte da população. Para os gestores, o relaxamento nos cuidados contribui diretamente para o salto na quantidade de infectados.

— Observamos um relaxamento geral. As pessoas não estão cuidando e os números são reflexo disso. As pessoas acham que passou, que está tudo resolvido. Esperávamos uma atitude mais ativa do blumenauense, mas isso não aconteceu, infelizmente — lamentou Krambeck.

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