Florianópolis terá novas restrições a partir da próxima quarta-feira (24), devido ao aumento de casos do novo coronavírus na capital. As medidas vigoram por 14 dias, ao menos, tempo estipulado para novas avaliações. A informação foi confirmada pelo prefeito Gean Loureiro em sua conta no Twitter, no final da tarde desta segunda-feira (22), onde também anunciou obrigatoriedade de uso de máscaras para todo o município e multa de R$ 1.250 para pessoas que descumprirem.

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Em boletim do governo estadual nesta segunda, Florianópolis figura em quarto no ranking de casos confirmados, com 1.122 contaminados desde o início da pandemia e em sétimo no número de pacientes ativos, com 99 pessoas em tratamento. Até aqui, houve 10 mortes na Capital, segundo o Estado. A prefeitura, no entanto, divulga 1.318 casos, já confirmou outros dois óbito e 336 pacientes em acompanhamento. 

No covidômetro, ferramenta da prefeitura que avalia os números de contaminação, morte e hospitalizados por causa do vírus, o município passou para a bandeira laranja, que indica para uma série de limitações. Neste caso, academias e shopping centers, que estão reabertos desde o dia 22 de abril, voltam a fechar. A circulação de pessoas em praias e as atividades ao ar livre também estarão proibidas. 

Ânderson Silva: Governador e prefeitos não podem se omitir ao descaso com o coronavírus em SC

Neste domingo, o colunista Ânderson Silva noticiou, com exclusiidade, que o prefeito Gean Loureiro iria decidir sobre novas restrições em Florianópolis em reuniões nesta segunda. No sábado, Ânderson noticiou que Gean havia colocado Florianópolis em sinal de alerta, após duas novas mortes por coronavírus – e imagens de ruas lotadas no centro da capital. Nesta segunda, em entrevista à NSC TV, Loureiro reafirmou que poderia haver um novo fechamento geral em Florianópolis.

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Após reuniões com equipe técnica e videoconferência com prefeitos de Biguaçu e Palhoça e com a secretária de Saúde de São José, a prefeitura de Florianópolis definiu as regras.

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Uso obrigatório de máscaras

A prefeitura de Florianópolis determinou obrigatório o uso de máscaras também para quem circula nas ruas da capital, independente do bairro, com multa de R$ 1.250,00 para quem for flagrado caminhando sem a proteção. No caso de empresas permitirem a entrada de pessoas sem máscara, a multa dobra o valor: R$2.500.

Até então, era obrigatório o uso de máscaras de tecido em via pública na Beira-Mar Norte e Beira-Mar Continental, Centro e Ingleses

Veja as novas restrições

Áreas de lazer

– permitido circulação somente nos dias de semana.

Arenas de esportes e quadras esportivas

– fechadas.

Praias

 – proibido a permanência na areia.

– permitido para pesca e esportes aquáticos.

Shopping centeres

– fechados.

Galerias

– fechadas.

Restaurantes

– somente das 12h às 15h durante dias de semana. 

– fins de semana somente para serviços de tele-entrega e retirada no balcão.

Bares e lanchonetes

– permitido até às 18h.

– fins de semana somente para serviços de tele-entrega e retirada no balcão.

Padarias

– abrem, mas sem consumo no local.

Supermercados

– capacidade máxima reduzida para 30% de ocupação.

– probidos os promotores de produtos

Serviço público não essencial

– apenas teletrabalho nos âmbitos municipal, estadual e federal.

Medidas preocupam CDL de Florianópolis

Após anúncio do prefeito Gean Loureiro sobre as novas proibições, a CDL de Florianópolis emitiu nota onde se posicionou dizendo ter recebido a notícia com “grande preocupação”. A entidade disse compreender a necessidade do controle da curva de transmissão, mas afirmou que as medidas afetam os segmentos que cumprem todas as regras sanitárias.

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O presidente da instituição, Ernesto Caponi disse em nota que “é inaceitável que galerias comerciais, shopping centers, bares, restaurantes, lanchonetes, padarias e até supermercados sejam afetados pela aparente negligência exibida por por parte da população no último final de semana”.

Na mesma nota, a CDL de Florianópolis fez um apelo à sociedade para que contribua, cumprindo as normas sanitárias de modo a impedir o avanço da Covid-19.