Responsável por mais de 200 cirurgias faciais gratuitas, o médico Raulino Brasil é o idealizador do Projeto Leozinho, realizado em Araranguá, no Sul de Santa Catarina. A iniciativa teve o pontapé inicial dado em 2021. Desde então, o cirurgião já atendeu pacientes de todo o país.
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Entre os principais casos contemplados pelo programa, está o de reconstrução de lábio da paciente Natani Santos, de 35 anos.
Ela é natural de Ji-Paraná, Rondônia, e foi mordida pelo cachorro de estimação, um chow-chow, no início de maio. A primeira etapa aconteceu no último dia 26 e em breve, mais cirurgias serão feitas.
Mulher que perdeu o lábio após ser atacada pelo cão de estimação faz cirurgia em SC
Raulino também foi o responsável por atender a influenciadora Mariana Michelini, que havia perdido o lábio em uma harmonização com PMMA em 2020, em São Paulo. Ela passou por cirurgia de forma gratuita em Araranguá.
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Projeto surgiu de uma promessa
Segundo o médico, tudo surgiu de uma promessa relacionada aos filhos gêmeos, que acabaram nascendo prematuros. Ele prometeu que se eles sobrevivessem, criaria um projeto para ajudar as pessoas. Como esperado, as crianças ficaram bem e vão completar cinco anos em 2025 e, junto aos filhos, nasceu também o projeto.
O nome “Leozinho” foi inspirado no primeiro paciente a ser operado em 2021. Ele tinha neurofibromatose, uma doença genética, que consiste no aparecimento de nódulos e tumores na pele.
De lá para cá, ele operou aproximadamente 350 pessoas. Entre os pacientes, 200 não arcaram com custos, já o restante, que possuía condições de arcar com parte dos valores, ajudou de alguma forma.
— A gente faz vakinhas quando as pessoas vêm de longe, para pagar passagem. No mais, esse projeto não depende de verba ou investimento. A gente acaba ajudando muita gente e, enquanto eu estiver vivo, esse projeto seguirá com bastante força — ressalta Raulino.
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Como funciona o programa
O hospital de Raulino fica localizado em Araranguá. Ele conta com a ajuda de profissionais anestesistas, que recebem pelos procedimentos particulares de estética e fazem cirurgias gratuitas sem cobrar.
Neurofibromatose, sequelas de pós-operatório, síndromes que causam deformação na face e paralisia facial, são as situações mais comuns atendidas no local.
De acordo com Raulino, a seleção dos pacientes depende das condições da pessoa, além de considerar a gravidade do caso, priorizando os mais emergenciais.
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Conforme informações do g1, a ideia do médico é expandir o projeto com um treinamento para alguns cirurgiões em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, para que eles possam ajudar pacientes no estado vizinho.
Recentemente, junto a prefeitura de Araranguá, ele teve um projeto firmado para cirurgias de “orelhas de abano”, para jovens estudantes da rede pública do município. O programa chama-se “Projeto Orelhinha”.
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